Open dos EUA: Jelena Ostapenko volta a derrotar Iga Swiatek

A eliminação da polaca do US Open coloca Aryna Sabalenka no primeiro lugar do ranking.

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Jelena Ostapenko EPA/WILL OLIVER
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A vitória de Jelena Ostapenko sobre Iga Swiatek nos oitavos-de-final do US Open não surgiu por acaso. No quarto duelo entre ambas, a letã derrotou Swiatek pela quarta vez (e primeira desde que é a líder do ranking) e é a única tenista a defrontar a polaca mais que uma vez sem conhecer a derrota. E foi também a primeira em 2023 a vencer Swiatek depois de esta ter triunfado no set inicial.

“O que se passa é que ela não gosta de defrontar adversárias que batem muito forte, gosta de ter algum tempo. Quando eu jogo rápido, agressivamente e com potência, ela fica um pouco em dificuldades”, explicou Ostapenko (21.ª mundial), autora de 31 winners, contra 18 da adversária, na vitória, por 3-6, 6-3 e 6-1. A letã também cometeu 20 erros não forçados, uma melhoria em relação à segunda ronda em que acumulou 80. “Talvez hoje, nos segundo e terceiro sets, tenha sido mais consistente e não tentei pontos malucos. Arrisquei quando tive oportunidade”, disse a letã de 26 anos.

Considerada um “patinho feio” do ténis, mesmo depois do título do Grand Slam conquistado em Roland Garros, em 2016, Ostapenko tem feito resultados desde então que a têm mantido no top 50; conquistou mais cinco títulos, foi semifinalista em Wimbledon (2018) – quatro meses depois de chegar ao quinto posto do ranking WTA – e, este ano, quarto-finalista no Open da Austrália e no US Open, o seu melhor melhor resultado na prova.

“A Jelena tanto pode fazer um encontro perfeito e colocar tudo dentro, mesmo sendo muito arriscado, como noutro dia ser diferente. Nunca se sabe o que esperar”, resumiu Swiatek. A eliminação do US Open dita igualmente o fim do reinado de Swiatek no WTA Tour, que durava há 75 semanas consecutivas – a terceira melhor série na história do ranking feminino (criado em 1975) para uma jogadora que ascendeu ao primeiro lugar pela primeira vez.

“De certeza que, quando voltar a estar na mesma situação, vou fazer as coisas de forma diferente, porque foi um pouco ‘stressante’ e não devia ser”, adiantou Swiatek. Aryna Sabalenka será a nova líder na próxima segunda-feira e a oitava tenista a ocupar o primeiro lugar dos rankings de singulares e pares (em Fevereiro de 2021).

Ostapenko vai agora discutir um lugar nas meias-finais com a norte-americana de 19 anos, Coco Gauff (6.ª). A primeira teenager americana desde Serena Williams a chegar aos “quartos” do US Open em dois anos consecutivos, venceu o confronto de gerações com a regressada Caroline Wozniacki, 14 anos mais velha, por 6-3, 3-6 e 6-1.

Shelton vs Tiafoe

O domínio do ténis dos EUA nesta edição estende-se ao quadro masculino, com três representantes nos quartos-de-final. Ben Shelton (47.º), que após chegar aos “quartos” na Austrália esteve 18 torneios sem conseguir ganhar dois encontros consecutivos, venceu o compatriota Tommy Paul (14.º), em quatro sets, e marcou outro duelo 100% americano com Frances Tiafoe (10.º), para decidir que avança para as meias-finais.

Taylor Fritz (9.º), o melhor representante dos EUA no ranking masculino, terminou com a memorável estreia de Dominic Stricker (128.º) no US Open. O suíço veio do qualifying e no sétimo encontro que realizou em Flushing Meadows já não teve energia nem argumentos para evitar a vitória de Fritz, por 7-6 (7/2), 6-4 e 6-4.

A tarefa de Fritz para avançar no quadro é mais dura, pois terá pela frente Novak Djokovic (2.º), que afastou o último sobrevivente do qualifying, Borna Gojo (105.º), por 6-2, 7-5 e 6-4.

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