Três medalhas para Fernando Pimenta: é vice-campeão mundial em K1 5000m

Canoísta português só não conseguiu impor-se ao dinamarquês Mads Pedersen numa prova rápida, em que confirmou o excelente momento que atravessa.

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Fernando Pimenta EPA/Tamas Kovacs
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Fernando Pimenta sagrou-se este domingo vice-campeão do mundo em K1 5000m, ao terminar em segundo lugar, com 20m09,974s (a 14,507 segundos do ouro),​ a prova ganha pelo dinamarquês Mads Pedersen, nos Campeonatos do Mundo de canoagem que terminam hoje em Duisburgo, na Alemanha.

Depois da medalha de ouro conquistada de manhã por João Ribeiro e Messias Baptista em K2 500, Fernando Pimenta tentava repetir o feito de véspera, quando se sagrou pela terceira vez campeão do mundo dem K1 1000.

Bicampeão europeu de K1 5000m, títulos conquistados em 2016 (Moscovo) e 2022 (Munique), e também duas vezes campeão mundial em 2017 (Racice) e 2018 (Montemor), Pimenta tinha dois grandes obstáculos: o número de portagens (cinco) e a dedicação exclusiva do dinamarquês Mads Brandt Pedersen a esta prova.

Mas Pimenta partiu forte, o que lhe permitiu posicionar-se para virar bem na primeira volta. Depois, Pedersen começou a impor-se nas portagens, sem conseguir desfazer-se da companhia do português, que começou a imaginar uma ponta final a dois... O alemão Nico Paufler garantiria o bronze.

Em Maio, Fernando Pimenta tinha sido forçado a abandonar com o leme partido, na Taça do Mundo de Szeged, na Hungria, 15 dias antes de conquistar a prata na segunda etapa da Taça do Mundo, em Poznan, Polónia, onde foi batido por 24,38 segundos pelo dinamarquês.

Neste domingo, o número de portagens acabou por deixar Pimenta em desvantagem, mas não o suficiente para o impedir de garantir o segundo lugar do pódio. Algo que, em Campeonatos do Mundo, consegue pela segunda vez, depois da prata em Copenhaga, em 2021.

“Difícil fazer melhor? Não, não era. Mas há aqui especialistas. Larguei de uma ponta e desgastei-me para estar na frente na primeira viragem”, disse Pimenta, que impôs um ritmo forte para acompanhar o especialista dinamarquês.

“Tentei acompanhá-lo, mas com água no caiaque não quis arriscar”, disse, assumindo o receio de cair antes do Mundial de maratonas, onde pretende desforrar-se.

“Vamos ganhar na casa dele. Em termos mentais e físicos sou dos mais fortes que existe à face da Terra. Não tenho medo de qualquer tipo de desafios. Se me pedissem, fazia 200 quilómetros de bicicleta hoje; se me mandassem correr uma maratona, fazia-o. Não tenho limites, não tenho data de validade, estou cá para as curvas”, assumiu.

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