“É o preço do conhecimento: ficarmos sozinhos”: Tarik Saleh e A Conspiração do Cairo

O que os olhos de Adam viram, o que os seus ouvidos ouviram e o que os seus gestos desencadearam na mesquita de Al-Azhar, o farol do islão, condenam-no à solidão eterna.

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Existem ressonâncias políticas em A Conspiração do Cairo, filme de um sueco descendente de egípcios DR
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Al-Azhar, no Cairo, universidade e mesquita, fundada como escola de teologia em 988 e ainda hoje a maior autoridade do islão sunita, está a ser disputada pelo poder político e por forças religiosas radicais. É um território de pátios e de celas, como um organismo carcerário onde se hierarquizam fidelidades e traições, e aí a câmara de A Conspiração do Cairo reconstrói nessa monumentalidade os códigos da intriga palaciana, da tragédia shakespeariana​, da ficção conspirativa, de que nos anos 70 americanos e italianos nos deram versões sombrias e fantasmagóricas, e do thriller teológico. Para além, obviamente, do filme de prisão, porque este filme também é uma questão de espaço.

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