Não interessa quem nasceu primeiro. Rapoula dedica um festival ao ovo e à galinha

Festival em aldeia da Guarda promove as quatro raças autóctones de galinhas portuguesas e o ovo, “super alimento”. Até há Ramboia no Galinheiro e elege-se o Galinheiro Mais Bonito.

Foto
Um dos destaques do programa passa pelo “Galinheiro Gastronómico” Diogo Ventura
Ouça este artigo
00:00
03:00

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? A questão é recorrente, divide cientistas, mas na aldeia de Rapoula, freguesia da Pêra do Moço, Guarda, mais do que gerar discussão, a clássica pergunta serve de mote a um festival cultural e gastronómico. A festa acontece nos próximos dias 19 e 20 e pretende dar visibilidade às quatro raças autóctones de galinhas portuguesas, assim como a esse “super alimento” que é o ovo. Vai haver comida, claro está, um concurso para premiar o galinheiro mais bonito da aldeia e outro para a melhor canja de galinha, um mercadinho, tertúlias e animação musical.

A iniciativa partiu da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Rapoula (ACDRR) e conta com um forte envolvimento comunitário. “Queríamos fazer um festival diferente de todos os outros, mas que tivesse a ver com a identidade da nossa aldeia”, introduzem Ricardo Maio e Jorge Castro, presidentes da direcção e da assembleia geral, respectivamente, da ACDRR. Porquê a opção pelas galinhas e pelo ovo? “Nas aldeias, é um dos alimentos que está mais próximo estão das pessoas. Toda a gente tem o seu galinheiro”, destacam.

Nesta que é a primeira edição do Festival Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?, a organização não deixa créditos por mãos alheias e, por isso, juntou ao evento verdadeiros especialistas na matéria: a Associação Nacional dos Avicultores e Produtores de Ovos (ANAPO) e a Associação dos Criadores de Bovinos de Raça Barrosã (AMIBA) irão estar representadas no evento. Importa destacar que foi esta última associação que procedeu à certificação das quatro raças autóctones nacionais - raça preta lusitânica, raça amarela, raça pedrês portuguesa e raça branca -, no sentido de as preservar.

Foto
A iniciativa é da associação de Rapoula Diogo Ventura

“O consumidor comum não conhece as raças e, como tal, tem muito dificuldade em identificar estes produtos certificados”, lamenta Virgínia Ribeiro, secretária técnica das Raças de Galinhas Autóctones da AMIB, e que vai participar, no dia 19 (17h30), numa das “Conversas Engalinadas” do festival. “A minha galinha, deveria de ser melhor do que a da vizinha” é o mote para a palestra que juntará, ainda, um produtor de galinhas portuguesas (Quinta do Zorro) e o presidente da ANAPO, Paulo Matos.

">

Miguel Gameiro apadrinha o festival

Um dos destaques do programa passa pelo “Galinheiro Gastronómico”, onde várias associações da Pêra do Moço vão estar a confeccionar e a servir pratos à base de ovos e de galinha. Quem também vai andar de volta do fogão, no dia 20, pelas 15h, é o músico Miguel Gameiro. Irá dinamizar o showcooking “A gorda galinha, faz a rica cozinha” e assume a responsabilidade de apadrinhar o Festival Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?

Foto
Anúncio ao festival promovido pela ACDR Rapoula de

Outro nome bem conhecido dos portugueses que tem passagem assegurada pelo festival é o humorista Eduardo Madeira - irá subir ao palco a 19, pelas 22h00 -, protagonizando um cartaz que aposta ainda na “Ramboia no Galinheiro”, a cargo do DJ Bay, no concerto “Não há gaita como a nossa”, pelo Grupo de Gaita de Beiços da Rapoula, e na arruada “Quando o galo canta”, pelo Grupo de Percussão de Valhelhas, entre outras actuações.

Sugerir correcção
Comentar