Príncipe William é o mais popular entre os americanos (e Putin o menos)
Os resultados deste inquérito foram conhecidos na mesma semana que a coroa britânica retirou Harry o titulo de “Sua Alteza Real”.
O príncipe William é o mais popular entre os norte-americanos, à frente de Vladimir Zelenski ou do próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden — aliás, Donald Trump marca pontos à frente do seu sucessor. Em última posição está Vladimir Putin. A sondagem é da Gallup, que perguntou a mil norte-americanos se aprovavam ou desaprovavam 15 newsmakers, pessoas que são noticiadas, em determinado período.
William aparece praticamente empatado com Zelenski, 59% e 57% respectivamente. Segue-se a primeira-dama Jill Biden, com 49%, e os norte-americanos voltam a olhar para o outro lado do Atlântico ao escolher o rei Carlos III, com 46% das respostas favoráveis.
O presidente Joe Biden e o seu possível adversário nas eleições de 2024, o antigo presidente Donald Trump, estão empatados com 41% de respostas a favor, enquanto a maioria dos inquiridos vê o actual chede do executivo norte-americano (57%) e o anterior (55%) de maneira desfavorável.
A própria empresa de sondagens declara que os resultados são surpreendentes: "Os signatários da Declaração de Independência ficariam surpreendidos ao saber que, quase 250 anos depois de terem procurado libertar-se da 'tirania' da coroa britânica, os membros do mais alto nível dessa instituição seriam mais populares nos Estados Unidos do que os próprios líderes democraticamente eleitos e nomeados da nação".
Sucesso do príncipe
A pessoa menos popular é o presidente russo Vladimir Putin, com 5% de favorabilidade e 90% de desfavorabilidade. A sua popularidade desceu de 13% em 2017 e 2018 e é a mais baixa na tendência da Gallup desde 2002.
O que contribui para o sucesso de um príncipe inglês entre os norte-americanos? Num artigo que acompanha os resultados da sondagem, a própria Gallup especula que as memórias de Diana podem explicar a popularidade de William entre as mulheres americanas, 69% das quais gostam dele, em comparação com 50% dos homens; e entre os inquiridos mais velhos.
Além da recente coroação de Carlos e da divisão na família Windsor — provocada pela decisão de Harry, o filho mais novo do rei, de se afastar das suas funções, juntamente com a mulher, a actriz norte-americana Meghan Markle —, William tem sido notícia pelo seu trabalho de caridade, centrado principalmente no ambiente e nos sem-abrigo.
O príncipe estará os Estados Unidos, entre 16 e 17 de Setembro, para uma conferência relacionada com o seu Prémio Earthshot, que atribui anualmente um milhão de dólares a cinco inovações ecológicas.
Harry sem título
Os resultados deste inquérito foram conhecidos na mesma semana que a coroa britânica retirou Harry o titulo de "Sua Alteza Real" que ainda estava no site da família real. Agora, o príncipe é apenas "duque de Sussex".
"Tal como anunciado em Janeiro de 2020, o duque e a duquesa afastaram-se do cargo de membros seniores da Família Real. Estão a dividir o seu tempo entre o Reino Unido e a América do Norte, continuando a honrar o seu dever para com o rei, a Commonwealth e os seus patronos", diz a página oficial.
Se, quando tomaram a decisão, muitos a apoiaram, aos poucos Harry e Meghan foram perdendo popularidade, primeiro com a entrevista que deram a Oprah Winfred, em 2021, mais tarde com a série da Netflix e o lançamento do livro A Sombra, assinado pelo duque de Sussex, onde são feitas acusações a vários membros da família real britânica que, até hoje, nunca se pronunciou sobre o tema.
Recentemente, Harry e Meghan viram o seu acordo, de vários anos, com a plataforma Spotify para produzir podcasts, terminar com apenas uma série concluída.