PS-Madeira aprova lista de candidatos para eleições encabeçada por Sérgio Gonçalves

A lista aprovada pela comissão política é encabeçada pelo líder regional do partido e abre também “as portas a novos candidatos independentes”, como a estreante Sancha Campanella, aponta o PS-Madeira.

Foto
As eleições regionais na Madeira estão marcadas para 24 de Setembro Nuno Ferreira Santos
Ouça este artigo
00:00
04:42

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A comissão política do PS-Madeira aprovou a lista de candidatos às eleições regionais de Setembro, encabeçada pelo líder regional do partido, Sérgio Gonçalves, seguindo-se a estreante Sancha Campanella e, em terceiro lugar, o actual líder parlamentar, Rui Caetano.

Citado numa nota enviada às redacções, Sérgio Gonçalves considera que a lista de candidatos às eleições legislativas regionais, aprovada na quarta-feira, "é composta por um conjunto de quadros qualificados, com competência e provas dadas nas várias áreas profissionais, profundos conhecedores dos diferentes dossiers e que estão de corpo e alma neste projecto de mudança da Madeira".

O partido destaca que, dos 47 nomes que compõem a lista de candidatos efectivos, mais de metade (27) são novidades face à lista apresentada às últimas eleições regionais, em 2019.

A lista aprovada pela comissão política, refere o PS-Madeira, "abre as portas a novos candidatos independentes", o que "é demonstrativo do envolvimento da sociedade civil neste projecto". "São os casos de Sancha Campanella, advogada e vice-directora geral do Instituto de Administração e Línguas (ISAL), que surge em número 2, e Élvio Camacho, gestor e professor no ISAL, que ocupa a 23.ª posição", aponta o partido.

Os socialistas realçam também que a lista do PS "é totalmente paritária, contando, nos 94 candidatos, com 50% de homens e 50% de mulheres".

Já no que diz respeito aos 47 candidatos efectivos, o partido indica que 24 são mulheres e 23 são homens, acrescentando que "só no grupo dos 24 primeiros elementos (o número necessário para atingir a maioria absoluta) existe uma percentagem de 46% de mulheres, o que mostra que o PS não só cumpre, como vai mais além dos requisitos definidos pela Lei da Paridade".

O PS-Madeira recorda também que a lei, que estabelece um limite mínimo de 40% de mulheres nas listas, "continua a não ser aplicada na região", justificando que "a maioria PSD, de forma prepotente, sempre a rejeitou".

Sérgio Gonçalves realça ainda que "é tempo de pôr fim a uma governação de 47 anos do mesmo partido (o PSD), que só agiu em função de interesses partidários, criou desigualdades, fez da Madeira a região com maior risco de pobreza e exclusão social, negligenciou a saúde e a habitação e continua a empurrar os madeirenses para a emigração, por falta de oportunidades".

Também o Chega-Madeira entregou esta quinta-feira a lista de candidatos às eleições legislativas regionais no Tribunal do Funchal, indicou o cabeça-de-lista, Miguel Castro, referindo que Magna Costa ocupa o segundo lugar, seguindo-se Celestino Sebastião.

Em declarações à agência Lusa, Miguel Castro, funcionário público e presidente do partido na região, disse que Magna Costa (funcionária pública) e Celestino Sebastião (empresário em nome individual) foram os escolhidos para ocupar o segundo e o terceiro lugar, respectivamente, na lista do Chega às eleições legislativas regionais, marcadas para 24 de Setembro.

O líder do Chega-Madeira salientou que a lista é "composta por cidadãos madeirenses, militantes do partido" e que têm "provas dadas na sociedade civil".

"Temos pessoas de vários quadrantes profissionais, nomeadamente advogados, médicos veterinários, médicos, empresários em nome individual, funcionários públicos, portanto um leque variado de pessoas da sociedade madeirense", referiu, acrescentando que integram também a candidatura desempregados que querem mudar "o panorama político da região".

Miguel Castro apontou que "não foi difícil" encontrar 94 nomes para integrarem a lista, realçando que "existe realmente um grupo de cidadãos, cada vez maior, insatisfeito com a actual política regional" que quis "abraçar" o projecto do Chega para mostrar que "a sociedade madeirense precisa de uma mudança".

O Chega promete lutar "pela transparência na governação política, na gestão dos dinheiros públicos" e fazer "um combate sério e determinado à corrupção", sublinhou o cabeça-de-lista.

Miguel Castro salientou ainda que o partido propõe uma "reforma profunda na administração pública, tanto a nível político, como a nível estrutural", e pretende fazer "política com as pessoas e para as pessoas".

"Quem é eleito pelos cidadãos é eleito para servir a sua comunidade, os seus cidadãos, não é eleito se servir a si mesmo ou para servir a amigos ou grupos económicos que de alguma forma vivem à custa do sistema político", defendeu.

Nas eleições regionais de 22 de Setembro de 2019, o PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, elegendo 21 deputados num total de 47, com cerca de 40% dos votos, e formou um Governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). Nesse acto eleitoral, o PS elegeu 19 deputados, o Juntos Pelo Povo (JPP) três e o PCP um. As próximas eleições legislativas regionais na Madeira estão marcadas para o dia 24 de Setembro.