7 dias, 7 fugas: sabores do mar, tradições da terra e saudações com história

Enfeitar os dias com flores, sardinhas e marisco, sem esquecer as festas medievais, as feiras tradicionais e outras farturas.

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Redondo de Ruas Floridas (Arquivo) CM REDONDO
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Festival do Marisco da Costa Nova CM ÍLHAVO
Frankie Chávez
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Diversões e carrosséis na Feira de Sant’Iago, em Setúbal (edição anterior) DR
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O Festival da Sardinha volta a animar a zona ribeirinha de Portimão CM PORTIMÃO
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D. João I, Mestre de Avis, dá o mote a esta edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria DR
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Rendas de bilros em destaque na Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde DR
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Sábado, 29: Redondo florido

Do chão às fachadas, com direito a tectos de papel e decorações a preceito. Com a minúcia ao serviço da imaginação de cada um e à medida dos temas definidos pela vizinhança, o Redondo volta a enfeitar-se com flores e figuras feitas de papel colorido.

A tradição, que remonta ao século XIX e inicialmente fazia parte das festas dedicadas à Nossa Senhora de ao Pé da Cruz, ganhou entretanto uma identidade própria, fazendo parte da agenda da vila alentejana a cada par de anos e atraindo milhares de visitantes.

A compor o ramalhete das Ruas Floridas, há petiscos, produtos locais, artesanato, provas de vinhos, exposições, corrida de toiros, convívio piscatório e um cartaz musical abrilhantado por Álvaro de Luna, Anjos, Augusto Canário, André Sardet e David Carreira, entre outros.

De 29 de Julho a 6 de Agosto, com entrada livre.

Domingo, 30: na Costa Nova, um festival de marisco

Em Ílhavo, os sabores da ria e do mar voltam ao relvado da Costa Nova do Prado.

Com vista para a praia e para os típicos palheiros de riscas coloridas que fazem parte do postal da região, o Festival do Marisco da Costa Nova dá a provar iguarias como sapateira, lagosta recheada, arroz de marisco, feijoada de búzios, camarão, vieiras, ostras, amêijoa, percebes, burrié, mexilhão ou pataniscas.

Promovido pelo Illiabum Clube em conjunto com a autarquia, o evento decorre entre 27 e 30 de Julho, das 12h30 às 15h e das 20h às 23h (no último dia, está aberto apenas no período do almoço).

Segunda, 31: Setúbal a enfeirar farturas e outras tradições

Depois de interrupções e versões confinadas, a Feira de Sant’Iago regressa ao modelo tradicional. Com mais de 440 anos de história, o programa espraia-se por duas semanas (de 21 de Julho a 6 de Agosto) e vale-se de música, teatro, dança, circo, gastronomia e artesanato para evocar a multiculturalidade e a riqueza do concelho de Setúbal.

É no Parque das Manteigadas que se concentra a animação, este ano com honras especiais ao centenário do nascimento do poeta português Sebastião da Gama. A par de um cartaz recheado com as notas de Aurea, Bateu Matou, Linda Martini, Julinho KSD, Toy, Bárbara Tinoco e Pedro Abrunhosa, entre muitos outros, e de novidades como uma zona desportiva ou uma feira do livro e do disco, há diversões e carrosséis, jogos tradicionais e ateliês para os mais novos.

As portas estão abertas a partir das 18h nos dias úteis e das 16h ao fim-de-semana, encerrando à 1h (sextas e sábados até às 2h). A entrada é livre.

Terça, 1: no prato ou no pão, sardinhas a Portimão

Nasceu em 1985 para dar prato ao ex-líbris gastronómico da terra e é hoje um dos maiores eventos do Verão algarvio – nas contas da organização, a edição de 2022 registou 110 mil visitantes. Entre 1 e 6 de Agosto, o Festival da Sardinha volta a fazer da zona ribeirinha de Portimão um lugar de degustação.

Assado, no pão ou no prato, com batata cozida ou com salada à algarvia, o pitéu é o protagonista da festa que, além das notas ao palato e das vistas sobre o Rio Arade, traz na ementa a recriação tradicional da descarga da sardinha, artesanato, doçaria e um alinhamento musical com nomes bem conhecidos nesta e noutras praças: Carlão (dia 1), Aurea (2), André Sardet (3), Virgul (4), Cuca Roseta (5) e Tony Carreira (6).

Todos os dias, das 18h às 24h, com entrada livre.

Quarta, 2: Santa Maria da Feira à conquista da Idade Média

Num centro histórico vestido a rigor, entre 103 espectáculos diários e 16 áreas temáticas interactivas e expositivas, assiste-se, nas palavras da organização, à “maior recriação histórica da Europa”. Falamos da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria que, entre 2 e 13 de Agosto, volta a fazer da cidade feirense o centro do mundo medievo.

Nesta 26.ª edição, é D. João I, Mestre de Avis, de cognome O da Boa Memória, quem dá o cunho à experiência. Com Aljubarrota, a independência e a expansão do território português a servir de pano de fundo à animação, revive-se o quotidiano da época entre cavaleiros, donzelas, mercadores, artesãos, arqueiros, saltimbancos, albergues, acampamentos, festins, cortejos, batalhas, torneios, banhos de São Jorge, uma feira franca e um souk. O videomapping Para Lá das Muralhas, o espectáculo Um Rei para Um Reino e os Ecos Gregorianos entoados por meia centena de monges estão entre as novidades deste ano.

Aberto das 12h às 00h30, com bilhetes diários entre 4€ e 5€ e pulseiras de acesso geral a 10€ (crianças até aos cinco anos não pagam).

Quinta, 3: Vila do Conde no coração das artes

Nesta festa, os saberes não têm idade e a criatividade não vive à sombra do tempo. Com 45 edições às costas, a Feira Nacional de Artesanato está pronta a puxar dos galões de “melhor e maior mostra das artes tradicionais portuguesas”, assim atesta a organização, partilhada entre a autarquia e a Associação para Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde.

Tapeçaria, têxteis, tanoaria, cerâmica, escultura em pedra, olaria, madeiras, filigrana, vidros, metais, azulejos e cestos são algumas das artes na montra, que este ano conta com 200 artesãos de todo o país e reserva lugar de destaque aos 50 anos da geminação da cidade nortenha com a galega El Ferrol. Isto sem esquecer, claro, as honras prestadas à delicada tradição secular das rendas de bilros (um dos momentos altos do cartaz é o Dia da Rendilheira, a 30 de Julho), as Jornadas Gastronómicas, as danças e os cantares.

Até 6 de Agosto (de segunda a quinta, das 17h às 24h; sexta, sábado e domingo, das 15h às 24h), nos jardins da Avenida Júlio Graça e com entrada livre.

Sexta, 4: de Sendim, saudações intercélticas

A música de raiz tradicional é a razão de ser do Festival Intercéltico de Sendim, que chega à 22.ª edição.

Para pôr os valores da cultura mirandesa em diálogo com a multiculturalidade do mundo em que vivemos e, de caminho, alimentar a proximidade “com as terras e as gentes leonesas e castelhanas”, mantendo a identidade e sem ceder a “modas e quejandos”, salienta a organização, o cartaz compõe-se de artesanato, produtos da terra, livros e discos, tertúlias, encontros e, até, poções mágicas como o licor celta. Quanto à música, vem servida por Gaiteiros Mirandeses, Recanto, Folk On Crest, Lugh Celta, Sog, Stolen Notes, Andrea Callad, Trouxa Mouxa, Manuel Guimarães & Victor Rua.

Dias 4 e 5 de Agosto, com entrada livre.

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