Oppenheimer ou como comecei a inquietar-me e a detestar a bomba

O tipo que entregou o audiovisual metafísico ao povo está de regresso. Agora Christopher Nolan quer espectacularizar o “filme de ideias”.

,American Prometheus: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer
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Oppenheimer, de Christopher Nolan Oppenheimer
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O biopic, os momentos da vida de uma personagem histórica, pode ser um instante de verdade numa obra. Recordem-se Malcolm X, de Spike Lee (1992), feito a seguir a Jungle Fever/A Febre da Selva, ou Hoffa, de Danny DeVito (1992), logo a seguir ao anárquico divertimento que era A Guerra das Rosas (1989), ou mesmo o Lincoln, de Spielberg (2012). É uma pequena amostragem de falhanços que trouxeram no título os nomes de personagens: filmes que quiseram oficializar a ascensão a um outro patamar agora entre aspas — de "seriedade" e "reconhecimento" (necessidade de que Spielberg se calhar nunca se livrou) ou ambicionaram demarcar um território como seu, que por direito fosse só seu (notório nas políticas identitárias de Spike Lee). Só que houve outra verdade, não programada, que neles se mostrou, que deflagrou: momentos de sisudez, academismo, talvez de narcisismo, deixando escapar o que esses cineastas tinham de melhor — o filme de Danny DeVito é o mais interessante porque aplicou doses de violência e de morbidez a um género geralmente bem-comportado, mas ficou a meio, faltou tê-lo destruído completamente.

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