Medina assume crescimento económico de 2,7% em 2023

O ministro das Finanças confirmou que os últimos dados apontam para um valor significativamente acima da projecção de 1,8% feita pelo Governo.

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Fernando Medina está optimista Nuno Ferreira Santos
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Sem precisar se se tratava, ou não, de uma revisão oficial das projecções do Governo, o ministro das Finanças, Fernando Medina, confirmou esta sexta-feira, em Bruxelas, que o crescimento da economia portuguesa em 2023 “ultrapassará significativamente“ as projecções e expectativas do executivo, com “os últimos dados conhecidos a apontar para que venha a crescer em torno de 2,7%” e não de 1,8%, como consta no Programa de Estabilidade 2023-2027, apresentado em Abril.

“A situação da economia portuguesa é que está a crescer em 2023 significativamente acima das expectativas do Governo”, declarou Fernando Medina, que além da revisão das projecções do crescimento tinha outras “notícias importantes e positivas” a transmitir aos seus homólogos durante a reunião do Conselho de Economia e Finanças da União Europeia, “na frente do emprego e na frente dos rendimentos”.

Segundo o ministro das Finanças, o aumento do PIB é um “resultado de grande importância porque permite assegurar que a economia portuguesa está e continuará com um mercado de emprego forte, que continua a registar um crescimento médio dos salários significativo em torno de 8%”, disse, referindo-se ao crescimento médio das remunerações declaradas à Segurança Social.

Quanto à inflação, que “está neste momento abaixo dos 4%” em Portugal, Medina assinalou a tendência de descida que se verifica “já há vários meses consecutivos”, e que espera que prossiga até ao final do ano. No entanto, este quadro ainda não é favorável ao levantamento de algumas das medidas de resposta à crise avançadas pelo Governo, em particular aquelas que são “especificamente dirigidas aos segmentos mais vulneráveis da população que, neste contexto de inflação ainda alta”, continuam a necessitar de um apoio directo ao rendimento.

O ministro das Finanças referiu-se às medidas que resultaram na redução dos preços da energia e dos combustíveis, e aos programas de apoio aos pensionistas, e aos beneficiários de complementos solidário de idoso e abono de família, que garantiu que se vão manter. E disse que o Governo está a desenvolver “uma terceira fase de apoios” que tem a ver com o mercado de arrendamento e ainda com o mercado do crédito à habitação.

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