Vhils inaugura mural na sede da UNESCO em Paris

A nova criação do artista português foi encomendada pela organização das Nações Unidas e presta homenagem à política britânica Ellen Wilkinson (1891-1947).

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Vhils no MAAT Daniel Rocha
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Na próxima quarta-feira, 12 de Julho, o artista português Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils, inaugura a sua mais recente criação: um mural de 31 metros de comprimento na sede da UNESCO em Paris, anunciou esta quarta-feira a organização.

Comissariada pela própria UNESCO, SUBSTRATUM – Scratching the Surface project | UNESCO é uma peça que homenageia Ellen Wilkinson (1891-1947), política britânica e activista feminista que se iniciou no Partido Comunista do Reino Unido (1920-1991), juntando-se depois ao Partido Trabalhista, até à sua morte. Ministra da Educação entre 1945 e 1947, Wilkinson presidiu à conferência inaugural da UNESCO, em Londres.

O mural – que tem sido “pacientemente esculpido com cinzéis e uma broca de martelo em miniatura desde o início de Maio”, e que mostra também “a diversidade do património mundial protegido pela UNESCO” – junta-se assim às mais de mil obras de arte instaladas na sede desta organização das Nações Unidas, numa colecção que conta com nomes como Pablo Picasso, Alexander Calder, Sonia Delaunay, Dani Karavan, Isamu Noguchi ou Roberto Matta.

“Esta soberba criação de Vhils reflecte a missão da UNESCO de celebrar artistas contemporâneos e fornecer uma plataforma onde sua criatividade possa ser totalmente expressa”, diz Audrey Azoulay, directora-geral da UNESCO, que participará na inauguração de SUBSTRATUM – Scratching the Surface acompanhada pelo primeiro-ministro português, António Costa.

Vhils (Lisboa, 1987) é um dos artistas portugueses mais consagrados internacionalmente dos últimos anos. Entre o graffiti e a pintura, entre a rua e o museu, aborda temas como o impacto da urbanização e do desenvolvimento em massa sobre paisagens e identidades, entre outras questões políticas. Começou a fazer arte no espaço público no início dos anos 2000 e desde 2005 que o seu trabalho tem sido exposto em várias metrópoles do mundo, de Londres a Nova Iorque, de Bogotá a Los Angeles.

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