A partir de 1 de Janeiro de 2024, os telemóveis, os tablets e os smartwatches serão praticamente proibidos nas salas de aula dos Países Baixos, anunciou o Governo do país, nesta terça-feira.
Os aparelhos só serão permitidos se forem especificamente necessários, por exemplo, durante as aulas sobre competências digitais, por razões médicas ou para pessoas com deficiência. "Apesar de os telemóveis estarem interligados com as nossas vidas, o seu lugar não é na sala de aula", declara o ministro da Educação, Robbert Dijkgraaf, em comunicado.
"Os alunos precisam de ser capazes de se concentrar e precisam de ter a oportunidade de estudar bem. Os telemóveis são uma perturbação, como demonstram os estudos científicos. Temos de proteger os estudantes contra isso", acrescenta, citado pela Reuters.
A proibição é o resultado de um acordo entre a tutela, as escolas e as organizações afins. Caberá aos estabelecimentos de ensino encontrar a sua própria forma de organizar a proibição, avança Dijkgraaf, mas seguir-se-ão regras legais se não houver resultados suficientes até ao Verão de 2024, avisa.
Foi no ano lectivo de 2018/2019 que, em França, os telemóveis foram banidos das escolas públicas e privadas do ensino básico e secundário — então, mais de 90% das crianças a partir dos 12 anos tinham, pelo menos, um telemóvel. Para o Ministério da Educação da altura, tratou-se de uma "medida de desintoxicação" para combater a indisciplina em sala de aula, o bullying e o cyberbullying, além da consulta de sites pornográficos. A medida serviu também para evitar roubos.
Por cá, o tema tem sido discutido e há uma petição online que apela a que os telemóveis sejam proibidos “em locais onde decorram aulas ou outras actividades formativas”, nomeadamente os recreios. Para já foram recolhidas 18.020 assinaturas.