Confiança das famílias continua a recuperar em Junho
Indicador de clima económico estabilizou, mas confiança dos empresários desceu na indústria e comércio.
O indicador de confiança dos consumidores prolongou em Junho a trajectória de subida que havia iniciado em Dezembro do ano passado, atingindo o valor máximo desde Fevereiro de 2022, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quinta-feira.
Os 23,2 pontos negativos registados em Junho representam uma melhoria de 3,8 pontos percentuais face aos 27 pontos negativos de Maio, revelam os dados dos inquéritos de conjuntura de Junho.
O instituto estatístico adianta que o “saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu significativamente em Maio e Junho”, distanciando-se assim “do patamar elevado em que se encontrava” depois de ter começado a subir em Março de 2021.
A evolução do indicador de confiança das famílias resultou do contributo positivo de todas as componentes abrangidas pelos inquéritos do INE: as expectativas de evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes por parte das famílias. Também contribuíram positivamente as opiniões “sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”.
No caso das perspectivas relativas à evolução futura da situação financeira das famílias, o saldo de respostas positivas tem estado a subir nos últimos três meses, “após ter diminuído em Março, retomando o perfil positivo iniciado em Novembro de 2022”, referem os dados divulgados hoje.
Relativamente à confiança com que os empresários dos diversos ramos de actividade encaram a evolução do seu negócio, o INE indica que o indicador de clima económico estabilizou em Junho, depois da queda registada em Maio, mantendo-se em 1,6 pontos.
Os indicadores de confiança aumentaram na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, mas recuaram na Indústria Transformadora e no Comércio.
Segundo o INE, o saldo das expectativas dos empresários sobre como os preços de venda na Indústria Transformadora irão comportar-se diminuiu em Junho, num movimento descendente que já dura desde Novembro, e “atingindo o valor mais baixo desde Maio de 2020”.
O instituto assinala que este saldo também recua desde Novembro no sector do Comércio e que atingiu “em Junho o nível mais baixo desde Fevereiro de 2021”.
Na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, “os saldos de respostas diminuíram desde Fevereiro” situando-se nos níveis mais baixos desde Abril e Julho de 2021, respectivamente.