Últimas subscrições de Certificados de Aforro da Série E totalizaram 2,4 mil milhões de euros

Série E, que rende 3,5% de juros, foi substituída em Junho pela Série F, com a remuneração a cair para 2,5%.

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Rui Gaudencio
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Em Maio, os Certificados de Aforro (CA) voltaram a atrair um montante considerável de novas subscrições, um total de 2406 milhões de euros, valor que cai para 2226 milhões em termos de subscrições líquidas, tendo em conta que os resgates ascenderam a 180 milhões de euros, revelou esta quarta-feira a IGCP, a agência pública que gere a dívida pública.

Este foi o último dinheiro a entrar na Série E, que garante uma remuneração-base de 3,5%, uma vez que o Governo suspendeu este produto, lançando a Série F, com um corte na remuneração, para passar a ser de 2,5%.

A alteração a este produto tem sido visto como uma cedência ao sector bancário, que, apesar das recentes subidas, continua a oferecer uma taxa de rentabilidade dos depósitos normais muito inferir, gerando um movimento de saída de dinheiro para o produto do Estado. O Governo tem rejeitado aquela acusação, tal como fez esta quarta-feira João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças, ouvido sobre esta matéria no Parlamento.

As novas subscrições de Maio superam as realizadas em Abril, mês em que se verificou um abrandamento, com a entrada de 1,8 mil milhões, bem abaixo dos 3,67 mil milhões registados em Abril.

Com as subscrições de Maio, o stock total dos CA subiu para 32,55 mil milhões de euros.

Em sentido bem diferente vão os Certificados do Tesouro (CT), outro produto de poupança do Estado, com taxa de rentabilidade bem menor. Em Maio, as novas subscrições ficaram-se por seis milhões de euros; já os resgates ascenderam a 517 milhões de euros.

O saldo dos CT tem vindo a cair há vários meses, em boa parte por chegada à maturidade das aplicações, e ficou em 12.519 milhões de euros no final do mês passado.

O saldo dos dois produtos de aforro totalizava 45.069 milhões de euros.

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