Morreu Nini, a jovem de 18 anos com leucemia que queria acabar com o tabu da morte

Nini foi diagnosticada em 2020 com leucemia mieloblástica aguda. Depois de três ciclos de quimioterapia, recebeu um transplante de medula óssea e parecia estar a recuperar, mas teve uma recaída.

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Depois de três ciclos de quimioterapia Inês recebeu um transplante de medula óssea e parecia estar a recuperar, mas cerca de um ano depois teve uma recaída Instagram de Inês Pinto
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Morreu Inês Abranches Pinto, a jovem portuguesa de 18 anos que sofria de leucemia, informou a família através do Instagram e TikTok neste domingo.

Assim que nasceu, Inês, mais conhecida por Nini, foi diagnosticada com neurofibromatose, uma doença genética, rara, associada a uma alteração cromossómica, que dá origem a tumores no sistema nervoso. Aos dois anos, teve um cancro ocular e acabou por ficar cega do olho direito. "Fiz quimioterapia durante dois anos até me darem alta hospitalar. A partir daí, vivi uma vida normal, com algumas idas ao hospital, mas estava na escola e a divertir-me", descreve Inês numa carta escrita ao Papa Francisco, com quem se chegou a encontrar.

E em 2020 apareceu a leucemia mieloblástica aguda, uma das formas mais graves da doença. Depois de três ciclos de quimioterapia, Nini recebeu um transplante de medula óssea e parecia estar a recuperar, mas cerca de um ano depois teve uma recaída. "Recomecei os tratamentos. A quimioterapia não resultou e decidimos passar para cuidados paliativos. Sofremos bastante e desde o dia 11 de Dezembros (dia da alta) estou a viver todos os dias intensamente. Neste processo de fim de vida (terrena) tem sido muito bom estar em família, com amigos e a fazer aventuras".

Foi para "quebrar tabus e desmistificar a questão da morte”, como descreveu ao Notícias Magazine em Setembro de 2022, que Nini criou a página “A morrer comigo”. Entre o Instagram e o Tiktok, mais de 50 mil pessoas acompanhavam os vídeos de Nini e o seu percurso com a doença.

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