Desta casa vermelha em Torres Vedras nasceu uma residência de estudantes

A residência Núcleo B nasceu para ajudar a colmatar a falta de quartos para universitários —​ e trazer jovens para uma cidade cada vez mais envelhecida.

O edifício tem dois andares e capacidade para cinco estudantes Gonçalo Duarte Pacheco
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O edifício tem dois andares e capacidade para cinco estudantes Gonçalo Duarte Pacheco

Nesta casa anterior a 1950, o vermelho e o azul tomavam conta das divisões: as paredes em tom vermelho carmim abraçavam o espaço num claro contraste com as largas tábuas de madeira que se prolongavam pelas salas e corredores. Na casa de banho, os azulejos azuis quebravam a monotonia cromática, mas a tijoleira com padrões avermelhados voltava a unir o espaço.

Apesar da passagem do tempo, foi assim que a arquitecta Madalena Pereira encontrou o edifício. Embora estivesse em mau estado, decidiu que “o passado seria respeitado” e, simultaneamente, adaptado aos jovens.

A pedido da Câmara Municipal de Torres Vedras e do Politécnico de Leiria, o imóvel, localizado em pleno centro histórico de Torres Vedras, deixaria de ser uma habitação tradicional e passaria a funcionar como residência para universitários com "alojamentos a custos acessíveis", esclarece a autarquia. Ao mesmo tempo, acrescenta Madalena Pereira, é uma forma de "revitalizar" o centro da cidade onde a população é envelhecida. Assim nasceu o Núcleo B.

O vermelho e azul da estética tradicional foram incluídos num design moderno, que aposta na simplicidade e aproveitamento dos espaços. Ainda assim, é nos três quartos, cada um com 50 metros quadrados, que a criatividade do atelier de Madalena Pereira salta à vista: como não havia espaço para mais mobiliário, a solução foi fazer da cama um armário.

“Foi pensado quase como um módulo para cada pessoa. Temos o módulo horizontal que é uma cama de ferro e o módulo vertical que é um roupeiro”, explica a arquitecta, acrescentando que nas janelas também existem secretárias rebatíveis.

A residência Núcleo B, um investimento de cerca de 375 mil euros, ficou terminada no final de 2022 e tem capacidade para cinco pessoas. Segundo a Câmara de Torres Vedras, estudantes bolseiros e alunos deslocados podem candidatar-se através dos Serviços de Acção Social do Politécnico de Leiria.

A casa será habitada no lectivo 2023/2024, mas não será a única: não muito longe deste imóvel, existe o Núcleo A, uma outra residência que Madalena Pereira conta terminar no final de Julho.

A residência foi um investimento da Câmara Municipal de Torres Vedras
A residência foi um investimento da Câmara Municipal de Torres Vedras Gonçalo Duarte Pacheco
As cabeceiras das camas funcionam como roupeiros
As cabeceiras das camas funcionam como roupeiros Gonçalo Duarte Pacheco
As cabeceiras das camas funcionam como roupeiros
As cabeceiras das camas funcionam como roupeiros Gonçalo Duarte Pacheco
A tijoleira é original
A tijoleira é original Gonçalo Duarte Pacheco
Azul e vermelho são as cores predominnates
Azul e vermelho são as cores predominnates Gonçalo Duarte Pacheco
O edifício tem três quartos
O edifício tem três quartos Gonçalo Duarte Pacheco
As paredes pintadas a vermelho já existam na casa
As paredes pintadas a vermelho já existam na casa Gonçalo Duarte Pacheco
Os azulejos da casa de banho também são orginais
Os azulejos da casa de banho também são orginais Gonçalo Duarte Pacheco
Os azulejos da casa de banho também são orginais
Os azulejos da casa de banho também são orginais Gonçalo Duarte Pacheco
Os quartos têm cerca de 50 metros quadrados
Os quartos têm cerca de 50 metros quadrados Gonçalo Duarte Pacheco
Nas janelas dos quartos existem secretárias rebatíveis
Nas janelas dos quartos existem secretárias rebatíveis Gonçalo Duarte Pacheco
As paredes pintadas a vermelho já existam na casa
As paredes pintadas a vermelho já existam na casa Gonçalo Duarte Pacheco
O edifício tem dois andares e capacidade para cinco estudantes
O edifício tem dois andares e capacidade para cinco estudantes Gonçalo Duarte Pacheco
Aproveitar o espaço e apostar na modernidade foram as bases do projecto
Aproveitar o espaço e apostar na modernidade foram as bases do projecto Gonçalo Duarte Pacheco
O Núcleo B ainda não está habitado
O Núcleo B ainda não está habitado Gonçalo Duarte Pacheco
No rés-do-chão existia uma loja
No rés-do-chão existia uma loja Gonçalo Duarte Pacheco
Exterior do Núcleo B
Exterior do Núcleo B Gonçalo Duarte Pacheco
Estão a decorrer obras numa outra residência que ficará pronta em Julho
Estão a decorrer obras numa outra residência que ficará pronta em Julho Gonçalo Duarte Pacheco
O edifício é anterior a 1951 e estava devoluto há vários anos
O edifício é anterior a 1951 e estava devoluto há vários anos Gonçalo Duarte Pacheco