A intervenção, ainda mal explicada publicamente, dos serviços de informações no processo de recuperação do computador do ex-adjunto do ministro das Infra-estruturas veio trazer de novo para a ribalta as secretas, a sua base legal de actuação e a respectiva fiscalização. Há cerca de uma década, com o caso do espião do SIED Jorge Silva Carvalho, o modelo dos serviços de informações tinha também sido questionado, e o mesmo acontecera há 25 anos, quando o ministro Veiga Simão se demitiu por ter sido enviada ao Parlamento uma lista com a identificação de espiões portugueses, mas o assunto, em ambos os casos, acabou por cair no esquecimento. Agora que os serviços estão quase a perfazer 40 anos, e numa altura em que o conselho de fiscalização está sob críticas por ter tirado conclusões apressadas caucionando toda a actuação do SIS, já se sabe que pelo menos o PCP quer discutir e alterar o modelo para que a fiscalização seja feita directamente pela Assembleia da República.
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