Velas Escarlates e mais quatro filmes para ver esta semana

Com tantas opções disponíveis nas salas de cinema do país, o Ípsilon e o Cinecartaz criaram esta pequena lista de filmes que achamos que não deve perder.

relaxar,streaming,cultura,ipsilon,cinema,culturaipsilon,
Fotogaleria
Velas Escarlates
relaxar,streaming,cultura,ipsilon,cinema,culturaipsilon,
Fotogaleria
Os Filhos dos Outros
relaxar,streaming,cultura,ipsilon,cinema,culturaipsilon,
Fotogaleria
Rebelde
relaxar,streaming,cultura,ipsilon,cinema,culturaipsilon,
Fotogaleria
O Carteiro de Pablo Neruda
,Festival de Cinema de Cannes
Fotogaleria
Onoda - 10 000 Noites na Selva
Ouça este artigo
--:--
--:--

França, início do século XX. Órfã de mãe, Juliette foi criada por Raphaël, o pai, ex-combatente da Primeira Grande Guerra, com quem desenvolveu uma relação de grande ternura e cumplicidade. Ela é doce, inteligente e sonhadora.

Um dia, à beira do rio, uma vidente diz-lhe que o seu destino se cumprirá longe dali e que a partida será anunciada por velas escarlates. Julieta cresce na esperança de que a profecia se concretize. Até que conhece Jean, um belo aviador cujo avião se despenhou perto da aldeia.

Vagamente inspirado no romance homónimo do russo Alexander Grin (1880-1932) e estreado na secção Quinzena dos Realizadores do Festival de Cinema de Cannes, um drama imerso em realismo mágico realizado por Pietro Marcello (Martin Eden), que segue um argumento escrito por si, por Maurizio Braucci, Maud Amelin e Geneviève Brisac.

Raphaël Thierry, Juliette Jouan, Louis Garrel, Noémie Lvovsky, Ernst Umhauer, François Négret e Yolande Moreau dão vida às personagens. Críticas, salas e horários

Rachel tem 40 anos, é professora e adora a vida que tem. Um dia apaixona-se por Ali, recentemente divorciado e pai de uma menina de quatro anos. A relação acrescenta-lhe um novo nível de felicidade e não tarda muito até criar laços fortíssimos não apenas com ele mas também com a sua filha. Mas quando, por diversas ocasiões e motivos, se vê posta de parte, Rachel dá-se conta de que chegou o momento de resolver se quer tornar-se mãe dos seus próprios filhos ou abdicar definitivamente da maternidade e dedicar-se aos dos outros.

Estreado no Festival de Cinema de Veneza e realizado e escrito por Rebecca Zlotowski, uma comédia dramática que conta com Virginie Efira, Roschdy Zem, Chiara Mastroianni e Callie Ferreira-Goncalves. Críticas, salas e horários

O jovem Kamal Wasaki (Aboubakr Bensaihi), de origem marroquina, decide deixar a Bélgica, onde sempre viveu, e alistar-se como voluntário para ajudar as vítimas da guerra na Síria. Chegado a Raqqa, as coisas não correm como o esperado e ele vê-se a lutar do lado do ISIS contra a sua vontade.

O pequeno Nassim (Amir El Arbi), o seu irmão mais novo, envolve-se com um grupo de recrutadores radicais que prometem levá-lo a Kamal. Desesperada, a mãe de ambos (Lubna Azabal), tenta de todos os modos salvar os filhos de toda aquela violência.

Estreado no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático focado nos horrores da guerra e nos momentos de viragem nas vidas de pessoas comuns, escrito e realizado a quatro mãos pelos belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah, também autores de Black - Amor em Tempos de Ódio (2015), Patser (2018) e Bad Boys Para Sempre (2020). Salas e horários

Baseado na obra Ardiente Paciencia, escrita por Antonio Skármeta, um filme que ficciona uma história de amizade entre o poeta chileno Pablo Neruda (laureado com o Nobel da Literatura em 1971), durante o seu exílio numa pequena ilha italiana, e o carteiro da aldeia – um homem simples e quase analfabeto que deseja conquistar o coração da bela Beatrice.

Enquanto o carteiro (Massimo Troisi) aprende que para escrever poemas para a sua amada basta deambular pela praia, onde as metáforas lhe ocorrem naturalmente, Neruda (Philippe Noiret) descobre a grandeza dos homens na sua simplicidade.

Foi o actor Massimo Troisi quem primeiro descobriu o livro de Skármeta e se apaixonou pela história. Determinado em levar o projecto adiante, comprou os direitos de adaptação do livro ao cinema e sugeriu que fosse realizado por Michael Radford (O Mercador de Veneza, A Música do Silêncio).

Troisi queria tanto interpretar o papel que decidiu adiar uma importante cirurgia ao coração, o que acabaria por lhe custar a vida: morreu de ataque cardíaco no dia 4 de Junho de 1994, 12 horas depois de terminar as rodagens.

Vencedor do Bafta de melhor filme em língua não inglesa, O Carteiro de Pablo Neruda foi nomeado para cinco Óscares da Academia nas categorias de melhor filme, realizador, argumento adaptado, actor (Troisi) e banda sonora original (Luis Bacalov), arrecadando este último.

Segunda-feira, dia 29 de Maio, às 21h, no Cinema Fernando Lopes
Disponível na Filmin

Em 1944, Hiroo Onoda (1922-2014), oficial do Exército Imperial japonês, foi enviado à ilha de Lubang, nas Filipinas. A sua missão: fazer os possíveis para, com os seus homens, dificultar ataques inimigos à ilha. Obrigatório: que se mantivesse vivo. Proibido: que se rendesse. A promessa: haveriam de o resgatar custasse o que custasse.

A maioria das tropas japonesas morreu entretanto ou foi capturada por forças americanas. Onoda e os seus homens esconderam-se na selva e o grupo foi-se extinguindo ao longo dos anos. Onoda acabou sozinho nas montanhas durante 29 anos, sem nunca ter sabido que a guerra acabara e que o Imperador se rendera.

Realizado por Arthur Harari (Diamant Noir) e interpretado por Yuya Endo, um épico de guerra que esteve em competição no Festival de Cinema de Cannes e que foi nomeado para quatro Prémios César nas categorias de melhor filme, realização, argumento original (Arthur Harari, Vincent Poymiro) e fotografia (Tom Harari).

Quarta-feira, dia 31 de Maio, às 21h30 na Cinemateca Portuguesa
Disponível na Filmin

Sugerir correcção
Comentar