Lisboa
Este apartamento moderno (e azul) nasceu a pensar nos jovens que procuram casa em Lisboa
A casa TM8 nasceu da vontade de um cliente, que queria arrendar casa a jovens. Ficou concluída em Março — e já está habitado.
Na Ajuda, em Lisboa, há um apartamento com história que aposta na modernidade para atrair quem procura casa. O TM8 nasceu da vontade de um cliente do atelier DC.AD, que queria arrendar a casa a jovens. Sem surpresa, precisou de apenas uma semana no mercado até aparecer um interessado.
Durante anos, foi uma casa estreita. As paredes limitavam cada divisão numa estética hoje descrita como antiga, onde o arco, elemento de destaque, tinha o propósito de quebrar a monotonia das formas rectas. Depois da reabilitação, as paredes da cozinha e da sala foram demolidas e são os apontamentos de cor que saltam à vista no design simplista e moderno deste T2.
“O intuito foi tentar ter uma proposta que fosse consensual no sentido do layout e utilização dos materiais, mas que tivesse carácter. A obra é muito simples e o que eu acho que se destaca é mesmo a simplicidade na utilização da cor”, começa por explicar ao P3 o arquitecto Duarte Caldas.
As vigas no tecto da sala mostram onde estavam as paredes. Nos armários da cozinha não existem puxadores e os azulejos continuam o esquema cromático neutro que é depois interrompido pelo arco e portas azuis que dão acesso a outras divisões.
Nesta obra, que terminou em Março de 2023, os elementos funcionais foram adaptados às necessidades do proprietário. No entanto, muitas das decisões foram “uma consequência das escolhas” que o estúdio não podia tomar.
Por exemplo, o chão de madeira, que não podia ser alterado, e que serviu como ponto de partida. A sua utilização exigiu um “trabalho minucioso” de recuperação. “Demos um verniz que clareou o pavimento existente e escurecemos o novo para tentar que fosse todo homogéneo.”
E. segundo o arquitecto, foi também a partir do chão que nasceu a nova paleta cromática. O branco é intemporal; o azul garante coesão visual. “São decisões muito pequenas, mas que fazem uma diferença muito grande”, conclui.