Fundada pelo imperador Augusto, Pax Julia foi um marco importante no mapa de expansão do Império Romano. Com mais de 2500 anos de história e riquezas reforçadas pelos sectores da agricultura, vinho, azeite e cereais, a cidade que actualmente responde por Beja é palco de um festival que pretende reviver “a grandeza e imponência” desses tempos passados e, de caminho, estimular a ligação das gentes ao património identitário e à história do lugar.
Música, dança, rábulas, cortejos, malabares, mercado, acepipes, oficinas, exposições, visitas guiadas a museus e a sítios arqueológicos, aulas de culinária, conferências, acampamento militar, jogos, artes e ofícios ao vivo, uma casa romana (Domus) e o concurso de fotografia Sentir Pax Julia, entre outras experiências (detalhadas aqui), compõem a oferta da oitava edição de Beja Romana, que espalha o bulício da época pelo centro histórico, entre 26 e 28 de Maio. Tudo trajado a rigor, como manda a cartilha dos eventos do género.
No epicentro da viagem está a Praça da República, “onde estão identificados dois templos romanos, um dos quais, o maior e mais monumental descoberto até hoje em território português”, explica a nota de apresentação.
Com o tema Pax Romana: Guerra, Paz e Domínio do Território a dar o tom ao programa – e a remeter para o período de "relativa paz e estabilidade” vivido desde a ascensão de Augusto até à morte do imperador Marco Aurélio –, a festa traz este ano um aperitivo: a 25 de Maio, convidam-se as crianças e os jovens da comunidade educativa do concelho a participar em actividades pedagógicas para “aprofundar o conhecimento do passado romano, nomeadamente da cultura e organização de Pax Julia”, descrevem.
Promovida pela Câmara Municipal de Beja, a iniciativa conta com o envolvimento de várias entidades locais, da confecção de trajes, coroas e adereços à participação nos quadros do quotidiano da época.