LGBT
Estas fotografias querem ajudar a comunidade LGBTQ perseguida no Uganda
No Uganda, ser gay pode dar direito a pena de morte. As fotografias do Projecto Uganda ajudam a pagar as despesas médicas, alimentares e a fiança de pessoas LGBT.
No Uganda, a homossexualidade é proibida e a pena de morte é uma ameaça para quem não cumprir. A Lei Anti-Homossexualidade, aprovada em Março pelo Parlamento do país, conta com a adesão de governantes e figuras políticas numa medida que, dizem, é também “apoiada por Deus”. Ao mesmo tempo, crescem os protestos da resistência da comunidade queer e da organização #hashtagwhatnext que procura chegar a mais pessoas.
Jordan Anderson, em parceria com o activista e fotógrafo DeLovie Kwagala, uniu-se à causa. O Projecto Uganda conta com a participação de dez artistas (entre os quais DeLovie) que doaram alguns dos seus trabalhos para que possam ser comprados e ajudem a comunidade LGBT.
“A organização angaria fundos para pagar a fiança de indivíduos LGBTIQA+ presos, para as deslocação para locais mais seguros e para a organização", explica Jordan, num email enviado ao P3. Cada fotografia, que tem um custo de 150 euros, reverte ainda para pagar os tratamentos médicos e construção de um abrigo de emergência na África do Sul.
"Há discriminação nos hospitais, dos senhorios, exposição e exibição de corpos queer com ferimentos e acorrentados depois das rusgas, casos de violação correctiva e muitas mortes", afirma DeLovie, à revista Dazed.
Segundo os dois artistas, "ser negro queer é uma sentença de morte" e pedem, por isso, para que os jovens também se juntem aos protestos contra a lei que descrevem como opressiva, desumana e que “criminaliza a existência de muitas pessoas”.
No Instagram, a #hashtagwhatnext conta com mais de dois mil seguidores e, segundo a mesma página, a angariação de fundos já arrecadou quase 30 mil euros que serviram para ajudar cerca de 90 pessoas no último mês e meio. Visita o site MQBMBQ para saberes mais sobre o projecto.