Selecção de judo encerra Mundiais com pior resultado dos últimos 30 anos

Raquel Brito (-48 kg) protagonizou o melhor desempenho português, ao ser eliminada ao terceiro combate.

Foto
JEON HEON-KYUN
Ouça este artigo
00:00
01:33

A selecção portuguesa de judo despediu-se nesta sexta-feira dos Mundiais da modalidade com os piores resultados dos últimos 30 anos, desde que Justina Pinheiro conseguiu, em 1993, entrar no quadro de honra da competição, em Hamilton.

Desde esse ano (1993) que a selecção não falhou uma grande prova, primeiro de dois em dois anos e depois anualmente, e conseguiu sempre colocar judocas em lugares de honra, até ao sétimo lugar, ou com medalhas, muitas das quais aos "ombros" de Telma Monteiro.

A judoca do Benfica, de 37 anos, que em Doha foi eliminada logo na estreia em -57 kg, é mesmo assim quem acumula mais medalhas da história do judo português, pertencendo-lhe cinco (quatro de prata e uma de bronze), mais de um terço das 14 conquistadas.

Entre o último ano, em Tashkent, e os Mundiais de 1993, em Hamilton, no Canadá, não existe comparação face aos resultados registados em Doha, em que a selecção, que contou com 11 judocas em prova - oito eliminados na estreia -, saiu sem conseguir estar nos lugares de decisão.

Nos Mundiais em Doha, Jorge Fonseca (-100 kg) e Rochele Nunes (+78 kg) foram baixas de peso para Portugal, num momento em que ambos recuperam de lesões.

A competição no Qatar, que teve na estreante absoluta Raquel Brito (-48 kg) o melhor desempenho da selecção lusa, com três combates efectuados, seguiu-se a largos meses de conflito na modalidade, nomeadamente entre alguns judocas e o ex-presidente.