Melhor Verde 2023. Prémio impulsionou vendas online da Quinta d’Amares

O Alvarinho 2022 do produtor de Amares colheu a grande medalha de ouro no concurso Os Melhores Verdes e viu a procura na sua loja online aumentar cinco vezes nos dias seguintes.

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Diogo Schartt assina a enologia da Quinta d'Amares, cujo Alvarinho 2022 venceu a Grande Medalha de Ouro do concurso. DR
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O Quinta D’Amares Alvarinho 2022 foi eleito o melhor Vinho Verde do ano pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), na cerimónia que decorreu na passada sexta-feira, na Alfândega do Porto. No fim-de-semana, a empresa que produz o vinho registou vendas online cinco vezes superiores.

O concurso Os Melhores Verdes 2023 premiou 88 vinhos, em 14 categorias distintas, da Região dos Vinhos Verdes. No regresso ao emblemático edifício portuense, estiveram presentes cerca de 300 convidados, incluindo a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, e a vereadora para o pelouro do Turismo e da Internacionalização da Câmara Municipal do Porto, Catarina Santos Cunha.

O grande vencedor, com a Grande Medalha de Ouro, foi o alvarinho de 2022 produzido pela Quinta d’Amares. Um vinho jovem, mas muito apreciado – cá, em Portugal, mas igualmente lá fora.

“Esta colheita recebeu o prémio Sakura, no Japão, que é o primeiro concurso do ano. Obteve uma medalha de ouro, uma de diamante e foi considerado a melhor harmonização para sushi”, sublinhou ao Terroir Tiago Ferreira, director comercial da Quinta d’Amares.

“Saiu no início do ano e já leva dois prémios. Não fazemos os vinhos para prémios, mas para satisfazer os clientes. Mas claro que tentamos sempre fazer o melhor possível e este ano isso significa dois prémios e uma grande responsabilidade que nos obriga a ser ainda melhores”, comenta Tiago Ferreira, acrescentando: “É um prémio para quem trabalha na empresa e não é tão reconhecido publicamente.”

O reconhecimento público é importante, até pela recompensa dos trabalhadores menos visíveis no processo mediático, mas, obviamente, as vendas acabam sempre por ser a melhor bitola para premiar empresas e trabalhadores. E este Quinta d’Amares Alvarinho 2022 está a fazer um bom percurso.

“Com o prémio Sakura, aumentámos logo vendas no Japão. Este fim-de-semana, aumentámos em cinco vezes as vendas na nossa loja online. Posso dizer que toda a gente que fez compras na loja online escolheu este vinho, mas levou também mais alguma coisa” da oferta da Quinta d’Amares, regista Tiago Ferreira.

O Quinta d’Amares Alvarinho 2022 teve a mão do enólogo Diogo Schartt e uma produção de 40 mil garrafas. Mesmo estando em “início de campanha”, deverá conhecer um aumento gradual da procura, que se verifica todo o ano, com a chegada da época oficial do calor. “Quando apertar o Verão é que começamos a vender mais”, admite o director comercial. “Dos nossos vinhos, este é quase sempre o primeiro a esgotar”, conclui.

Em prova cega estiveram 294 amostras, entre as quais o júri destacou 15 referências na categoria Ouro e 17 na categoria Prata, com 55 referências a qualificarem-se na categoria Honra. As amostras a concurso foram avaliadas por um júri constituído por Luís Correia (Escola de Hotelaria – IPP), Ana Faria (IVDP), Daniela Almeida (CVR Bairrada), Miguel Martelo (CVR Dão), Luís Pedro Amorim (CVR Alentejo), Tiago Paula (Associação de Escanções de Portugal), Tim Hogg e Maria João Monteiro (Escola Superior de Biotecnologia – UCP), João Covêlo (Escola de Hotelaria e Turismo do Porto), Paulo Lopes e Francisco Campos (Amorim Cork), Manuel Carvalho e Ana Isabel Pereira (Público), José João Santos e Marc Barros (Revista de Vinhos).

A nível internacional participaram Gabriela Monteleone (sommelier, Brasil), Takenori Beppu (sommelier, Japão), Kelcie Jones (sommelier, Canadá) e Laura Santander (sommelier, México).

Os 32 melhores verdes de 2023

O concurso Os Melhores Verdes é promovido anualmente pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e, em 2023, teve um aumento de 35% nas inscrições face ao ano anterior, com um registo recorde de cerca de 300 amostras a concurso, destacando-se a tendência crescente de inscrições de colheitas antigas e um acréscimo na categoria Alvarinho, segundo a CVRVV.

“Este é um momento de celebração da região e dos seus embaixadores em todos os mercados e, nesta edição, assistimos ao aparecimento de novas categorias que reflectem a evolução a que se assiste na produção de Vinho Verde”, comentou Dora Simões, Presidente da CVRVV. “Os vinhos com estágio têm cada vez mais expressão, em resultado da valorização crescente em que trabalhamos, confirmando perfis de vinhos que evoluem com o tempo e que se revelam com um enorme potencial de oferta e de procura.”

“Ao mesmo tempo, é muito gratificante registarmos um recorde de participações que legitima, ano após ano, a importância deste concurso para a nossa região, que trabalha conjuntamente para afirmar a qualidade”, concluiu Dora Simões.

Os premiados foram agrupados em 14 categorias: Vinho Verde Branco, Rosado, Tinto, Varietal, Branco com estágio, Alvarinho com estágio, Varietal com estágio, Alvarinho, Avesso, Arinto, Loureiro, Espumante de Vinho Verde, Aguardente de Vinho Verde e Vinho Regional Minho com estágio. Os prémios Ouro e Prata foram atribuídos ao primeiro e segundo classificados em cada categoria e os prémios Honra aos restantes concorrentes com pontuação igual ou superior a 80 pontos, dentro do limite máximo de prémios a atribuir no concurso, ou seja, 30% face ao número total de amostras em concurso.

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