Santo Antão, a ilha onde a morabeza rima com beleza. E com natureza
É a ilha mais setentrional de Cabo Verde. Não tem aeroporto, quase não tem praias, mas tem picos e vales e aldeias alcandoradas nos sítios mais inesperados. Um paraíso para os amantes do trekking.
Na viagem de 12 dias (e 11 noites) que tínhamos planeado, Santo Antão já levava a melhor a São Vicente. Afinal, nesta visita a Cabo Verde escolhemos aquelas duas entre as possíveis dez ilhas que compõem o arquipélago. E a proporção era ficar três noites em São Vicente — a da chegada, a da partida e um fim-de-semana pelo meio — e passar oito noites em Santo Antão, uma ilha com o triplo do tamanho de São Vicente, mas onde nem aeroporto há, tão desafiante é a orografia. Não conheço o suficiente das ilhas para saber se essa razão justifica o facto de a ilha não ter um aeroporto, e se calhar a conclusão é abusiva. Até porque Santo Antão já teve um aeródromo, mas foi desactivado há mais de 20 anos, por razões de segurança, e agora o investimento financeiro não se justifica se o aeroporto Cesária Évora, no Mindelo, está ali ao lado, 30 quilómetros em linha recta.
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