Um tribunal australiano deliberou que a superestrela da música pop Katy Perry violou a marca registada de uma designer de moda sediada em Sydney, que vendeu os seus produtos localmente sob uma etiqueta com o seu nome de nascimento, Katie Perry.

Katie Taylor, que apresentou a acção judicial em 2019, alegou que a cantora ignorou a marca registada e vendeu roupas Katy Perry a clientes australianos durante as suas digressões de concertos no país, em 2014 e 2018, através de retalhistas e sites.

Segundo um processo judicial publicado na quinta-feira, a juíza do tribunal federal Brigitte Markovic decidiu que a empresa de Katy Perry, Kitty Purry, violou parcialmente a marca registada da empresa de Katie Taylor, que vende sobretudo roupa online, ao promover os seus produtos através de publicações nas redes sociais. Os danos deverão ser decididos numa data posterior.

“Esta é uma história de duas mulheres, dois sonhos de adolescente e um nome”, disse Markovic na sua sentença. A juíza rejeitou uma proposta da estrela pop para cancelar a marca registada Katie Perry.

Taylor, cujo nome de nascimento é Katie Perry, considerou o veredicto uma vitória ao estilo de “David e Golias” para as pequenas empresas. “Não só lutei por mim própria, mas também pelas pequenas empresas deste país, muitas delas criadas por mulheres, que podem ter de enfrentar entidades estrangeiras que têm muito mais poder financeiro do que nós”, afirmou num blogue.

A Reuters não obteve qualquer reacção por parte dos representantes de Katy Perry.

A disputa entre a estrela pop e a designer de moda australiana por causa do nome homófono começou em 2008, quando Taylor registou a marca Katie Perry na Austrália. Inicialmente, Katy Perry tentou bloquear o registo e, mais tarde, contratou advogados para tentar forçar a designer a cessar e a desistir para sempre da utilização da marca, mas mais tarde abandonou a acção, recordou Taylor.