As acções do conglomerado de luxo francês LVMH, que detém marcas como a Louis Vuitton, Dior, Tiffany ou Moët & Chandon, registaram uma subida de 0,3%, nesta segunda-feira, elevando o valor da empresa controlada por Bernard Arnault para os 454 mil milhões de euros.
E, beneficiando de uma valorização do euro face ao dólar, tornou-se o primeiro grupo europeu a ultrapassar a fasquia dos 500 mil milhões de dólares, noticiou a Bloomberg.
O recorde ocorre pouco tempo depois de o presidente do grupo ter, pessoalmente, registado o valor mais elevado de sempre da sua fortuna, tendo destronado Elon Musk do lugar do mais rico do mundo, segundo a Forbes.
A classificação dos multimilionários em tempo real diz que Arnault acumula, nesta segunda-feira, uma fortuna de 243,5 mil milhões de dólares (268,5 mil milhões de euros), com tendência para aumentar, enquanto o CEO da Tesla, com a sua conta em queda, se fica pelos 171,5 mil milhões de dólares (189 mil milhões de euros).
Em 2022, o LVMH registou os lucros mais elevados da sua história: 14.084 milhões de euros, reflectindo um crescimento de 17% face a 2021, tendo a empresa facturado 79.184 milhões de euros, mais 23% do que no período homólogo. Os bons resultados, explicou a empresa, deveram-se a uma forte actividade na Europa e nos Estados Unidos, que foi capaz de contrapor as restrições na China relacionadas com a pandemia de covid-19.
Agora, com o levantamento da política de “covid zero” e o regresso dos grandes eventos à China, o LVMH voltou a ter do seu lado a segunda maior economia do mundo e o maior mercado do sector do luxo. Como resultado, no primeiro trimestre, a empresa registou um aumento das receitas na ordem dos 17% face ao período homólogo.
Analistas da Bernstein, citados pelo Financial Times, avaliaram que “o LVMH está a tirar o máximo partido do crescimento sustentado da procura europeia e americana, enquanto colhe os benefícios de uma rápida e forte recuperação dos gastos chineses”.