A produção do western Rust são retomadas nesta quinta-feira, no estado de Montana, um ano e meio depois de o actor Alec Baldwin ter disparado uma munição real, que matou a directora de fotografia Halyna Hutchins durante as filmagens no Novo México.
O regresso de Baldwin a este trabalho dá-se duas semanas antes do início de uma audiência judicial no Novo México para decidir se o actor deve ser julgado por uma acusação de homicídio involuntário.
Segundo Melina Spadone, advogada da Rust Movie Productions, as filmagens serão retomadas no cenário do Yellowstone Film Ranch de Montana.
Em Outubro, Baldwin resolveu um processo judicial com o marido da directora de fotografia, Matt Hutchins, chegando a um acordo sob o qual as filmagens recomeçariam com os mesmos actores principais e o mesmo realizador, Joel Souza, que foi ferido nas filmagens de 2021. Nos termos do acordo, Hutchins tornou-se produtor-executivo do filme.
O caso de Baldwin é singular na medida em que não há outros exemplos de um actor de Hollywood enfrentar acusações criminais por um tiroteio no estúdio.
O actor da sitcom Rockfeller 30 negou a responsabilidade pelo incidente. Baldwin alega que apontou o revólver, mas que não puxou o gatilho, afirmando ainda que era tarefa da armeira do filme, Hannah Gutierrez-Reed, e de outros profissionais assegurar que a arma estivesse sem munições reais.
Mas vídeos dos momentos imediatamente antes do tiroteio mostram Baldwin com o dedo no gatilho, disse o investigador Robert Shilling, numa declaração. Um teste forense do FBI concluiu ainda que o revólver “funcionava normalmente” e não disparava sem que o gatilho fosse puxado.
Gutierrez-Reed deu o seu testemunho à agência de segurança dos trabalhadores do Novo México (OSHA), afirmando que o incidente poderia ter sido evitado se tivesse tido mais tempo para treinar Baldwin, já que, segundo relata, o actor não sabia usar o revólver de forma adequada.