Sonae vende 50% do cartão Universo ao Bankinter por 19 milhões

Grupo liderado por Cláudia Azevedo e banco espanhol querem criar líder do crédito ao consumo em Portugal.

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Negócio com o Bankinter gera mais-valia de 12 milhões para a Sonae Jose Sergio

A Sonae e o Bankinter querem criar o “operador líder no crédito ao consumo em Portugal”. A Sonae (proprietária do PÚBLICO) e o banco cotado na Bolsa de Madrid anunciaram esta sexta-feira a formalização do acordo de princípio divulgado em Dezembro para passarem a deter em partes iguais a entidade que gere o portefólio de serviços financeiros do cartão de crédito Universo.

O negócio pressupõe a venda pela Sonae de 50% do capital da Universo ao Bankinter Consumer Finance, por “um valor estimado de 19 milhões de euros na data de conclusão da transacção”. Tendo “subjacente um valor de capitais próprios do Universo de cerca de 45 milhões de euros”, esta transacção “prevê ainda o pagamento de até 5 milhões de euros adicionais, contingente e diferido por 5 anos”.

Esta entidade, que deixará de estar integralmente consolidada nas contas do grupo liderado por Cláudia Azevedo, passando a ser reconhecidos apenas os 50% de capital detido, “registou um volume de negócios de 30 milhões de euros” no ano passado, contando com mais de um milhão de clientes e uma carteira de crédito na ordem dos 400 milhões de euros.

Entre os serviços financeiros disponibilizados pelo Universo contam-se seguros, crédito pessoal, crédito automóvel e crédito consolidado, entre outros.

Do negócio entre a Sonae e o Bankinter “resultará ainda o registo de uma mais-valia estimada de 12 milhões”, explica o grupo que é dono da rede de hipermercados Continente e das lojas Worten, entre outras.

O Bankinter Consumer Finance, com presença em Espanha, Irlanda e Portugal, substitui assim o Banco CTT como parceiro financeiro do Universo, com quem a Sonae havia anunciado um acordo de cinco anos em 2021.

O Bankinter entrou em Portugal em 2016, com a compra da rede de retalho do Barclays, por cerca de 86 milhões de euros.

A operação tem ainda de obter as autorizações dos reguladores e da Comissão Europeia, mas os dois sócios esperam que possa ficar fechada ainda no segundo semestre de 2023.

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