Gisele Bündchen sobre o divórcio de Tom Brady: “É como morrer e renascer”

A supermodelo brasileira diz estar a viver o sonho na Costa Rica, ao lado dos dois filhos. Até tem planos de construir por lá um centro de bem-estar. Quanto à vida amorosa, pede que a deixem em paz.

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A modelo é a capa da edição de Abril da Vanity Fair TWITTER/VANITY FAIR

Passaram cinco meses desde que Gisele Bündchen e Tom Brady anunciaram o fim do casamento de 13 anos. Agora, a supermodelo brasileira abriu-se sobre os motivos da separação e falou sobre os planos para o futuro, numa entrevista à revista Vanity Fair. Divorciar-se, compara, “é como morrer e renascer”. Renasceu para uma nova vida na Costa Rica, ao lado dos filhos, Benjamin Rein, de 12 anos, e Vivian Lake, de 9.

A morte de que Bündchen fala é a de um sonho. Durante 13 anos, a brasileira e a estrela da NFL viveram um conto de fadas — ele um desportista de sucesso, ela a modelo mais bem paga do mundo. “É duro porque pensávamos que nossa vida ia ser de uma certa forma, e fizemos tudo o que podíamos”, confidencia.

Comparar o casamento de ambos a uma história encantada não é uma hipérbole e é algo que a própria Gisele Bündchen faz: “Acreditava nos contos de fadas quando era pequena. Acho que é bonito acreditar nisso.” Lutou por conquistar o sonho e o divórcio é quase uma falha, “quando não termina de forma que esperávamos e para a qual trabalhámos”, justifica.

Quando foi anunciado o divórcio, não tardaram a surgir os rumores de que a culpa teria sido de Bündchen, por querer que o marido anunciasse a reforma da competição — em Fevereiro de 2022, Brady tinha anunciado a retirada, mas voltou atrás, um mês e meio depois. Mas a supermodelo esclarece que não foi assim e que os casamentos não se constroem, nem se destroem do dia para a noite: “Demora anos para acontecer.”

Não terá sido nenhum escândalo dar o casamento por terminado, mas explica que o tempo foi criando uma divisão entre ambos. “Às vezes aproximamo-nos, outras vezes vamos em direcções opostas.” Quando se conheceram, recorda, ela tinha 26 anos e ele 29, e queriam constituir uma família. “Com o tempo, percebemos que queremos coisas diferentes e agora temos uma decisão a tomar. Não quer dizer que não se ame a pessoa”, declara.

E assevera: “Quando amamos alguém, não o queremos pôr numa prisão e dizer ‘tens de viver esta vida’. Damos-lhe liberdade para ser quem é, e se quisermos ir na mesma direcção, fantástico.” Gisele garante que continua a amar e a apoiar Brady, para que “todos os seus sonhos se tornem realidade”.

É que Gisele Bündchen ficou com o desportista durante momentos difíceis. Os dois conheceram-se em 2006, graças ao patrão da Victoria’s Secret, Ed Razek, e namoravam há pouco tempo, quando se soube que a actriz Bridget Moynahan esperava um filho do atleta. Em vez de fugir, a supermodelo acolheu o filho como sendo seu, o que ajudou a despertar o desejo de se tornar mãe. Foram pais de Benjamin e Vivian, em 2009 e 2012, respectivamente.

O sonho da Costa Rica

A par da carreira de modelo, celebrizada como anjo da Victoria’s Secret, Gisele garante ter dedicado a vida aos dois filhos. Agora, aos 42 anos, está a trabalhar num novo sonho na Cosa Rica, onde está a construir uma casa alimentada a energia solar e até a ponderar abrir um centro de bem-estar.

Depois de uma carreira na moda, quer fazer alguma coisa que seja “uma extensão” da sua personalidade. É que ser manequim não é encarado desta forma: “É como ser actriz num filme mudo.” E agora já não quer desempenhar outro papel que não o de Gisele, ainda que diga, com humor, que não se importava de dar vida a “uma super-heroína” no cinema.

Até essa oportunidade chegar, tem dividido o tempo entre a Costa Rica, o Brasil e Miami, na Florida, onde vive também Tom Brady, para que os filhos possam estar com os dois. “Somos uma equipa e isso é fantástico. Olho para trás e não tenho arrependimentos”, reforça. Para manter as raízes brasileiras, conta, fala com as crianças em português.

E, por falar em português, nos últimos meses, a imprensa cor-de-rosa tem noticiado o seu namoro com Joaquim Valente, professor brasileiro de jiu-jitsu, modalidade que pratica com os filhos. “Acho que, nesta altura, infelizmente, porque estou divorciada, vão tentar sempre ligar-me a qualquer pessoa”, responde. Valente, assegura, é só um amigo da família, alguém que “admira e respeita”.

“Sou uma rapariga simples que quer estar na natureza — deixem-me em paz. Só quero fazer o meu trabalho e criar os meus filhos em paz”, termina.

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