A descentralização a caminho da farsa
O medo de deixar a gestão dos museus regionais em instâncias regionais, a pulsão para manter controlo sobre tudo em todo o país é a manifestação de uma cultura política atávica e provinciana.
A transferência de competências da administração central para as comissões de coordenação regional (CCDR) deixou de ser uma cortina para tapar o centralismo e está em vias de se transformar num dos seus bons exemplos. As mudanças previstas na cultura são uma prova das muitas arrogâncias combinadas da centralização: a arrogância com que uma certa capital olha o resto do país; a arrogância com que parte do alto funcionalismo público olha os seus colegas de Faro ou Coimbra. O Estado são eles. À sua volta, um deserto de gente de duvidosa competência e questionável ética.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.