Ugarte condiciona o Sporting e a Premier League o Arsenal

Os “leões” recebem na tarde desta quinta-feira, em Alvalade, os “gunners” na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa.

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Rúben Amorim considera que é possível o Sporting afastar o Arsenal LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O momento do Arsenal assusta qualquer rival e, a uma dúzia de jornadas de terminar o campeonato inglês, os “gunners” estão na pole position para conquistarem a Premier League, feito que não conseguem há quase 20 anos. Porém, os "escassos" cinco pontos de vantagem dos londrinos sobre o Manchester City a nível interno podem condicionar a estratégia de Mikel Arteta para o jogo desta tarde (17h45, SIC), em Alvalade, da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. Já o Sporting, com o objectivo número um (campeonato) hipotecado, pode dedicar mais atenção ao duelo europeu, mas a ausência de Ugarte será um problema de difícil resolução para Rúben Amorim.

Com as duas equipas a atravessarem uma fase positiva — quatro vitórias consecutivas para ambas —, Sporting e Arsenal começam na tarde desta quinta-feira a lutar pela presença nos quartos-de-final da Liga Europa com níveis de prioridades para a competição diferentes.

Fora da luta pelo título nacional, os “leões” colocam o favoritismo do lado do adversário, mas, na antevisão do duelo com o líder da Premier League, Amorim admitiu que “eliminando uma equipa como o Arsenal tudo é possível” para o Sporting na prova.

O técnico disse ter “um plano”, que passa por “ganhar, sabendo das diferenças entre as duas equipas”. Garantindo ter um plantel “entusiasmado”, Amorim sublinhou que em “dois jogos tudo é possível”, mas alertou para a mentalidade do clube de Londres: "Conhecemos o espírito do Arsenal, tem muita fome de vencer. Temos de entrar concentrados.”

Sem Ugarte, que está castigado, o treinador afastou a hipótese de colocar Diomandé ao lado de Morita no centro do terreno — Era um sinal errado para a equipa, meter um central a jogar nessa posição” —, e, sem desvendar qual será a sua opção táctica, deixou claro nas entrelinhas que Tanlongo ainda não estará preparado para ser titular, o que implicará, sem riscos para a equipa, o recuo de Pedro Gonçalves no terreno: “Defender é subjectivo, o Tanlongo não é fisicamente muito forte e vem de um campeonato com outra intensidade. Olhamos para tudo e escolhemos o melhor 'onze'."

Sobre possíveis poupanças nos londrinos a pensar no derby do fim-de-semana para a Premier League frente ao Fulham de Marco Silva, Amorim considera que “a dinâmica” do Arsenal “não muda muito”. “É uma equipa com uma rotina muito grande, já jogam há muito tempo. Fizemos essa observação. Nunca são uma equipa fraca, são sempre uma equipa forte. Eles fazem uma rotação para terem jogadores frescos. Têm um campeonato no qual a rotação é muito intensa. Teremos de ser mais inteligentes nesse aspecto e de esperar um Arsenal forte."

Questões tácticas à parte, embora Amorim tenha dito há três semanas que “nem ganhar a Liga Europa vai salvar aquilo que” os “leões” fizeram no campeonato, a conquista da segunda maior competição organizada pela UEFA resultaria num verdadeiro jackpot para a SAD leonina.

O Sporting garantiu 35,135 milhões de euros pela sua participação na fase de grupos da Liga dos Campeões e, ao ultrapassar os dinamarqueses do Midtjylland no play-off de acesso à fase a eliminar da Liga Europa, já amealhou mais 1,7 milhões.

Em jogo estão ainda mais 13,2 milhões de euros — os “leões” só acrescentam esse montante ao valor já garantido se vencerem a prova —, mas, a conquista de um segundo troféu europeu pelo Sporting, garantia de imediato o bálsamo que as contas sportinguistas precisam para planear com tranquilidade a próxima época: o vencedor da Liga Europa, entra automaticamente na fase de grupos da Champions com o estatuto de cabeça-de-série.

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