A taxa de inflação homóloga da zona euro terá abrandado ligeiramente para 8,5% em Fevereiro, comparativamente aos 8,6% do mês anterior, segundo uma estimativa rápida do Eurostat. Em aceleração mantém-se a componente da alimentação, que regista uma variação de preços de 15%, acima dos 14,1% de Janeiro.

Na estimativa divulgada esta quinta-feira pelo departamento estatístico da União Europeia, a taxa média de inflação anual abranda pelo quarto mês consecutivo, mas fica significativamente acima do registado em Fevereiro de 2022, que se situou em 5,9%.

Por sectores, verifica-se um recuo nos preços da energia, de 18,9% em Janeiro para 15,5% em Fevereiro, tendência que se observa desde Novembro de 2022, depois de ter atingido 45,1% em Outubro.

Em sentido contrário, estão os aumentos na componente da alimentação, álcool e tabaco, que terá atingido os 15,0%.

Em Portugal, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite fazer a comparação entre os diferentes países da União Europeia, terá registado uma variação de 8,6% em Fevereiro, mantendo-se igual ao valor de Janeiro, segundo a estimativa do Instituto Nacional de Estatística.

Bem acima da média da zona euro está a evolução dos preços no segmento dos produtos alimentares não-transformados em Portugal, que aumentou 20,11% (acima dos 18,49% de Janeiro).

A inflação média da zona euro atingiu em Outubro de 10,6%.

No conjunto dos países da zona euro, a variação homóloga mais baixa da taxa de inflação verificou-se no Luxemburgo (4,8%), na Bélgica (5,5%) e em Espanha (6,1%). A mais elevada verificou-se na Letónia (20,1%), na Estónia (17,8%) e na Lituânia (17,2%).

A inflação média da zona euro atingiu o valor mais alto em Outubro (10,6%), caindo pelo quarto mês consecutivo.