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Professores voltam hoje a manifestar-se. Dia de sete iniciativas nas ruas de Lisboa

PSP disse que foram comunicadas sete iniciativas para este sábado em diversos locais de Lisboa, entre vigílias, celebrações religiosas, marchas, concentrações cívicas e acções de sensibilização.

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Manifestação dos professores em Lisboa Daniel Rocha

Professores e trabalhadores não docentes voltam este sábado a manifestar-se em Lisboa, numa marcha organizada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) em defesa da escola pública e por melhores condições de trabalho e salariais, que não será a única. Ao PÚBLICO, a PSP disse que foram comunicadas sete iniciativas para este sábado em diversos locais de Lisboa, entre vigílias, celebrações religiosas, marchas, concentrações cívicas e acções de sensibilização.

A marcha é a quarta manifestação promovida pelo Stop desde Dezembro, quando iniciou também uma greve por tempo indeterminado que ainda se mantém, para exigir melhores condições para todos os profissionais das escolas, como um aumento salarial de 120 euros.

A marcha tem início marcado para as 14h em frente ao Palácio da Justiça, porque, explicou o coordenador nacional do Stop - estão “a exigir justiça” e prossegue até à residência oficial do primeiro-ministro.

O protesto deverá juntar-se depois à concentração do movimento Vida Justa, em frente à Assembleia da República, onde alguns professores e não docentes vão iniciar uma vigília de três dias, também organizada pelo Stop.

Em comunicado, o sindicato antecipou que, até terça-feira, estará ali acampada mais de uma centena de pessoas, “de boca amordaçada e os braços presos em sinal de protesto perante todos os ataques” que consideram estão a ser feitos contra a democracia e o direito à greve e “a uma escola pública de qualidade para todos que lá trabalham”.

Além de melhores condições de trabalho e salariais para os profissionais das escolas, o Stop reivindica também a recuperação dos mais de seis anos de tempo de serviço dos professores e o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira. Contestam também a proposta do Governo para o novo modelo de recrutamento e colocação de docentes, que esteve em negociação com as organizações sindicais.

PSP fala em constrangimentos na circulação

A PSP diz que a multiplicidade de eventos vai implicar “um elevado empenho do Comando Metropolitano de Lisboa, envolvendo todas as suas valências, no sentido de garantir todas as condições para o pleno exercício do direito de reunião e manifestação e, ao mesmo tempo, permitir a natural vivência da cidade”.

De acordo com a PSP, que apela a que se evitem algumas artérias da cidade durante a tarde, haverá constrangimentos na circulação rodoviária, com especial destaque para as zonas compreendidas entre a Praça do Marquês de Pombal, ruas Brancaamp e Alexandre Herculano, Largo do Rato, Rua de São Bento e Rua Correia Garção, bem como entre a Rua Marquês da Fronteira, Avenida Conselheiro Fernando Sousa, Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, Rua José Gomes Ferreira, Rua Ferreira Borges, Rua Domingos Sequeira, Praça da Estrela, Calçada da Estrela.

O processo negocial terminou na quarta-feira, sem acordo por parte dos representantes dos docentes. No final da reunião, o coordenador nacional do Stop, André Pestana, não adiantou se o sindicato iria pedir a negociação suplementar, mas considerou que os avanços, que diz terem sido conseguidos graças à contestação, foram, ainda assim, insuficientes.

"Manifestamente, é muito pouco para as questões centrais e que não estão a ser colocadas em cima da mesa", sublinhou.

Na última marcha do Stop, em 28 de Janeiro, que percorreu a Avenida 24 de Julho, desde o Ministério da Educação até aos jardins em frente à residência oficial do Presidente da República, o sindicato diz ter juntado mais de 100 mil pessoas.