O grupo chega e o ruído provocado abafa todos os outros. A porta abre-se para um pátio sobre o qual incidem os raios diagonais do sol e uma senhora, com um bonito lenço que apenas lhe deixa ver alguns cabelos grisalhos, surge com uma bandeja na mão, com copos de água que estende amavelmente aos kurents. Estes, para beberem a água e o sumo que chega instantes depois (muitas vezes substituído por vinho), acompanhado de uns biscoitos caseiros, têm de tirar a máscara mas não a colocam no chão – se o fizerem, o gesto representa um ano de más colheitas e de sofrimento para os animais domésticos.
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