“Depois de dois anos sem corsos, é como se fosse desfilar pela primeira vez”
Nos bastidores do Carnaval de Estarreja, assistimos à confecção das fantasias, ensaios e construção dos carros alegóricos. Com a paragem ditada pela pandemia, a vontade de desfilar é enorme.
Diogo Melo está de volta de um pedaço de cartão e um bocado de tecido, construindo aquilo que se tornará num acessório chave da fantasia com a qual irá desfilar este Carnaval. Prefere não revelar muitos pormenores, para não estragar o efeito surpresa para aqueles que irão assistir aos corsos de Estarreja, terra com fortes tradições carnavalescas. Desde os quatro anos que integra os corsos da sua terra natal, contagiado pela “mãe e os tios”, mas, este ano, a ansiedade é mais do que muita. “Depois de dois anos sem corsos, é como se fosse desfilar pela primeira vez”, conta-nos o jovem de 26 anos que tem vindo a assumir o papel de mestre de sala da escola de samba Tribal. Já há nove anos que veste a pele do dançarino que, juntamente com a porta-bandeira, conduz a escola de samba durante o corso, missão que o enche de orgulho. “É uma honra fazer parte do casal porta-bandeira”, relata o contabilista que, apesar de trabalhar na Mealhada, outra terra com fortes tradições no Carnaval ao ritmo do samba, nunca pensou trocar o corso da sua terra por outro.
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