Miranda Sarmento: “Ministra da Agricultura tem tido um papel bastante lamentável”
Críticas sociais-democratas surgem na sequência do desmentido que o Ministério da Coesão Territorial fez à governante titular da Agricultura sobre a futura lei orgânica das CCDR.
O líder da bancada parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, reagiu esta quinta-feira ao desmentido do Ministério da Coesão Territorial ao Ministério da Agricultura e da Alimentação sobre a futura lei orgânica das CCDR, afirmando que a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, “tem tido um papel bastante lamentável”.
“Há aqui uma contradição entre dois membros do Governo numa área relevante e numa área onde infelizmente a ministra da Agricultura tem tido um papel bastante lamentável, de contradições, erros, polémicas e inoperâncias”, afirmou Miranda Sarmento.
“A ministra da Agricultura tinha dito aqui no Parlamento que as funções das direcções regionais da Agricultura passariam para a vice-presidência das CCDR [comissões de coordenação e desenvolvimento regional] e hoje temos indicação, por parte da ministra da Coesão, de que, afinal, não será assim”, completou.
O PÚBLICO noticiou esta quinta-feira que, ao contrário do que a ministra da Agricultura havia revelado em entrevista, a futura lei orgânica das CCDR não prevê a obrigatoriedade de que um dos quatro vice-presidentes destas entidades tenha a tutela da Agricultura e também não estabelece que os actuais directores regionais de Agricultura sejam vice-presidentes das futuras CDDR.
PSD quer ouvir dirigentes demissionários da DGAL
A somar a essa nota, o líder da bancada social-democrata, que falava aos jornalistas após uma reunião do grupo parlamentar do PSD, anunciou ainda que iria chamar ao Parlamento os líderes demissionários da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL)
“O PSD vai chamar à comissão de Poder Local os agora demissionários dirigentes da DGAL para perceber o que levou a uma demissão em bloco nessa importante direcção-geral das Autarquias Locais”, disse Miranda Sarmento.
Na quarta-feira, a direcção da DGAL demitiu-se em bloco. Segundo a Rádio Renascença, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, confirmou depois a informação numa resposta ao deputado Luís Gomes, do PSD.
“A directora-geral da DGAL apresentou a sua demissão há sensivelmente um mês, alegando motivos pessoais”, disse a ministra na comissão parlamentar de Ordenamento do Território, acrescentando que em Março haverá uma nova equipa.