Real Madrid e Kroos tentam entrar para a história no Mundial de Clubes

Recordista de triunfos com cinco troféus em cinco finais, mais um do que Cristiano Ronaldo, o médio alemão pode elevar a fasquia frente aos sauditas do Al-Hilal.

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Toni Kroos pode alcançar sexto título Mundial de Clubes Reuters/SUSANA VERA

Toni Kroos, o único campeão do mundo nascido na antiga Alemanha de Leste, espera, esta tarde (19h, SPTV3), no Estádio Príncipe Moulay Abdellah, em Marrocos, fazer o pleno em seis finais e elevar o próprio recorde de futebolista com mais títulos em Mundiais de Clubes.

Nascido há 33 anos, em Greifswald, junto ao Mar Báltico, apenas dois meses depois da queda do Muro de Berlim e nove antes da reunificação da Alemanha, Toni Kroos construiu uma carreira e reputação respeitáveis, abrilhantadas por 15 títulos, entre os quais o Mundial 2014, cinco Champions, três Bundesliga e três La Liga.

Caso o Real Madrid venha a confirmar o favoritismo na final com os sauditas do Al Hilal, sucedendo ao Chelsea, Toni Kroos passará a deter seis troféus (venceu pelo Bayern Munique em 2013 e quatro vezes pelos “merengues”), mais dois que Cristiano Ronaldo, antigo companheiro do médio alemão no Real Madrid.

A 19.ª edição do Mundial de Clubes, relativa a 2022, poderá “atribuir” o décimo título consecutivo ao campeão europeu – o Corinthians foi o último vencedor oriundo de outro continente –, com o Real Madrid a poder chegar aos cinco troféus, depois de ter vencido a competição em 2014, 2016, 2017 e 2018.

Atento e disposto a sabotar esta narrativa estará o Al Hilal de Marega, Carrillo e Vietto (trio com passagens pela Liga portuguesa), o sexto emblema não europeu ou sul-americano a chegar ao jogo decisivo.

TP Mazembe (Congo), Raja Casablanca (Marrocos), Kashima Antlers (Japão), Al Ain (EAU) e Tigres (México) foram as excepções, depois de as primeiras seis finais terem sido um “monótono” diálogo entre Europa e América do Sul.

O Al Hilal será, depois de ter eliminado o Flamengo, isso é garantido, o 17.º finalista diferente, elevando a Arábia Saudita a 13.ª nação representada numa final.

No fundo, Kroos terá tantas participações em finais (caso seja opção de Carlo Ancelotti) como todos os habituais “outsiders” desta prova, que este ano colocará Espanha e Brasil em igualdade, com nove presenças de cada lado: Barcelona (4) e Real Madrid (5) juntos têm tantas finais como Corinthians (2), Flamengo, Grémio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco da Gama.

O alemão – “garçon”, para os brasileiros (alusão às assistências); “carrasco dos 7-1” do Mineirão, para os companheiros da "mannschaft" –, está no Real Madrid desde 2014, onde foi apresentado depois do Mundial em que o médio brilhou, em especial na meia-final com o Brasil, oferecendo o primeiro golo a Thomas Müller, para assinar um bis em menos de dois minutos.

Agora, cada vez mais perto do grande final (já renunciou à selecção alemã depois do Euro 2020), Kroos poderá colocar a fasquia num patamar demasiado alto. A ajudar, a chegada de Benzema (finalista do prémio The Best) e Militão, dupla de reforços de peso para Ancelotti.

Às 15h30 (SPTV3), o Flamengo do técnico português Vítor Pereira e os egípcios do Al-Ahly definem o pódio na atribuição do 3.º e 4.º lugares.

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