Militares e polícias vão participar na manifestação de professores

Marcha de protesto foi convocada, para este sábado, por nove estruturas sindicais de professores.

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Representantes das Forças Armadas e da Polícia de Segurança Pública vão estar presentes na manifestação dos professores que se realiza neste sábado, em Lisboa Manuel Roberto

Representantes das Forças Armadas e da Polícia de Segurança Pública vão estar presentes na manifestação dos professores que se realiza neste sábado, em Lisboa. A manifestação foi convocada pelas duas federações sindicais de professores, Fenprof e FNE, e por outros sete sindicatos independentes. O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), que não faz parte dos organizadores, também já anunciou que estará presente.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a Associação de Oficiais da Força Armada (AOFA) anunciou que vai estar presente, “de forma simbólica”, na manifestação de sábado, já que as “demonstrações públicas de indignação e de defesa dos legítimos direitos que assistem aos profissionais da educação, e aos professores em particular”, conta com o seu “apoio total e incondicional”, conforme foi já expresso numa nota publicada no início do mês sob o título inequívoco "Professores – a vossa causa é a nossa causa".

A este respeito, a AOFA volta a frisar que “parte significativa das reivindicações dos professores é transversal às dos militares das Forças Armadas, sejam sistemas de avaliação injustos e inadequados, anos de serviço congelados e que importa recuperar, desregulação das carreiras, precariedade, remunerações baixíssimas”. Acrescenta ainda a associação que, “não menos relevante” do que todas estas questões, partilham com os professores “um sentimento generalizado, acumulado em décadas por sucessivos governos, de desrespeito e desconsideração pelos profissionais destes sectores e de outras carreiras integrantes da administração pública.”

O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) anunciou que também estará presente com uma “delegação representativa”, respondendo assim ao convite que lhes foi endereçado pela Federação Nacional da Educação (FNE), que “muito” os “honra”. Os apelos à participação de militares, polícias e outros profissionais da função pública têm sido feitos, sobretudo, pelo Stop, aquando das marchas pela escola pública que realizou em Janeiro, em Lisboa.

A manifestação deste sábado tem como lema "Defender a profissão de professor". No comunicado em que anuncia a sua participação, o Sinapol destaca, à semelhança do que fez a AOFA, que “as reivindicações laborais da classe docente são em todo semelhantes às reivindicações dos profissionais da Polícia de Segurança Pública, nomeadamente: a recuperação do tempo de serviço, perdido devido ao congelamento de carreiras remuneratórias; aumentos salariais dignos; valorização profissional; criação de um novo Sistema de Avaliação de Desempenho (SIADPSP), que permita uma justa progressão nos índices remuneratórios”, entre outras.

Com base em informações da Fenprof, o Expresso adianta que foram já alugados quase 600 autocarros que transportarão para Lisboa professores de todo o país. Na edição desta sexta-feira, o jornal indica também que do Barreiro virá um catamarã com 650 docentes a bordo. A manifestação, que culmina 18 dias de greves distritais, começa no Marquês de Pombal e terminará no Terreiro do Paço.

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