Museu da Cidade passa a Museu do Porto, regressando “ao modelo tradicional”

A instituição, que se desdobra em 17 espaços, vai assumir “um discurso mais museológico”, diz o presidente da Câmara do Porto.

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Reservatório, um dos pólos do Museu da Cidade do Porto Nelson Garrido

O Museu da Cidade do Porto vai mudar de nome e de modelo, anunciou esta quarta-feira Rui Moreira no Conselho Municipal da Cultura, realizado no Teatro Rivoli. Segundo o presidente e vereador da Cultura da Câmara do Porto, o museu passará a designar-se Museu do Porto, voltará "ao modelo tradicional " e adoptará "um discurso mais museológico".

Na mesma reunião, o novo director do Museu da Cidade e das Bibliotecas Municipais, Jorge Sobrado, afirmou que o Museu do Porto será "uma casa de identidade", mas também "de pensamento, criação e futuro". Segundo o ex-vereador da Cultura da Câmara de Viseu, que assumiu a direcção artística do museu em finais do ano passado, na sequência da saída de Nuno Faria, a instituição, composta por 17 espaços, será "um coração, um centro, uma estrela guia, um ponto a partir do qual podemos tirar partido da noção de rede".

Afirmando que a cidade "reclama um museu para si" há "muitos anos", Jorge Sobrado assinalou que o Museu do Porto "será herdeiro desse desejo, dessa ambição". Referiu ainda que a nova direcção não vai "lutar mais contra uma semântica que está enraizada na cidade" e vai garantir "uma uniformidade na designação dos museus municipais", como o Museu Romântico ou o Museu Vinho do Porto. Quanto à programação, esta "está a ser estabelecida" e será "ambiciosa, vibrante, mas também generosa com o público".

O Museu da Cidade do Porto funciona segundo um figurino multinuclear, integrando estruturas de natureza diversa, como espaços arqueológicos, reservatórios, espaços industriais, com jardins, quintas e parques, bibliotecas e o arquivo histórico.