Alemanha
Polícia alemã tenta retirar activistas que ocuparam vila: “Vamos defender a justiça climática”
Vivem em tendas e cabanas numa vila, para impedir a extensão de uma mina em Lützerath. Mas pode ser o fim: a Polícia tem uma ordem de despejo.
O protesto não é de agora: activistas climáticos montaram, há dois anos, uma vigília em Lützerath, na Alemanha, contra a mineração de carvão. Esta pequena vila, onde os manifestantes montaram tendas e cabanas improvisadas (onde vivem), deverá, no entanto, desaparecer. Há uma ordem de despejo e a polícia está a tentar expulsar os habitantes que ocuparam o local. E os activistas estão a tentar impedir. Protestam, atiram lama, tentar resistir à retirada como podem — alguns são carregados pelos braços e pernas ou em carrinhos.
O Governo já deu luz verde à demolição da aldeia, para que comece a expansão da exploração da mina de Garzweiler. A multinacional energética alemã RWE é quem detém a aldeia do estado da Renânia do Norte-Vestefália, e assegura que assim será garantida a segurança energética da Alemanha a curto prazo.
Os activistas sublinham, no entanto, que demolir a aldeia para expandir a mina irá contribuir em grande escala para a emissão de gases com efeito de estufa. "Não vamos, definitivamente, ser retirados", disse Johanna Inkermann, uma representante dos activistas, citada pela Sky News. "Vamos manter-nos no caminho da destruição que está a acontecer aqui. Vamos defender esta aldeia e a justiça climática."