Estrelas voltam a pisar (enfim) a passadeira vermelha dos Globos de Ouro
Antes da 80.ª edição dos prémios da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, o desfile das celebridades à porta do Hotel Beverly Hilton, em Los Angeles.
É a passadeira vermelha que marca o início da temporada dos prémios e, como tal, o que vestem as celebridades sempre esteve sob os holofotes. Este ano, redobrou-se a atenção já que se trata do definitivo regresso dos Globos de Ouro depois da pandemia e de um ano em que a cerimónia não foi transmitida na televisão. Esperava-se que voltasse o esplendor de outrora e as estrelas esmeraram-se, ainda assim jogando pelo seguro, sem direito a grandes surpresas.
A estação de televisão NBC aceitou-os de volta e a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood prometia desta vez que a diversidade estava assegurada. Em 2021, uma investigação lançou suspeitas sobre as finanças da associação, falhas éticas na atribuição dos galardões, sobretudo por culpa da falta de representação entre os jurados. Este ano, foram admitidos 103 novos votantes internacionais (22,% latinos, 13,6 negros, 11,7% asiáticos, 10,7% do Médio Oriente e 41,7% caucasianos, de acordo com a revista WWD).
Face à polémica, no ano passado, os prémios de cinema e televisão foram entregues sem o glamour que os caracteriza, sem transmissão televisiva e muito menos passadeira vermelha. Em 2021, as estatuetas tinham sido entregues com as celebridades no sofá, culpa da pandemia, ainda que algumas se tenham vestido a rigor mesmo em casa.
Nesta terça-feira, 10 de Janeiro, as estrelas voltaram definitivamente ao Hotel Beverly Hilton, em Los Angeles, numa cerimónia que foi também um regresso em grande para a moda. As passadeiras vermelhas, mais do que uma feira de vaidades, são momentos importantes de promoção do trabalho das casas de moda e dos seus criadores que, a troco da visibilidade na imprensa e na Internet, vestem os nomeados.
As presenças mais esperadas no desfile na red carpet são sempre os nomeados e nomeadas. Jessica Chastain brilhou (literalmente) em Oscar de la Renta. A actriz não tem estado só em alta nas nomeações no último ano ─ até venceu o Óscar ─ como também na passadeira vermelha. É a primeira vez em algum tempo que Chastain não é vestida pela Gucci, relação que poderá ter terminado depois do director criativo Alessandro Michele deixar a casa italiana.
Com menos brilho, mas muito drama, Selena Gomez, nomeada para Melhor Actriz em Série de Comédia, foi um dos destaques da passadeira vermelha com uma criação Valentino alta-costura. Também com uma nomeação, Anya Taylor-Joy apostou num modelo mais discreto no corte, mas arrojado na cor, um Dior em pistácio.
Num romântico vestido Chanel alta-costura, Margot Robbie provou que, muitas vezes, na passadeira vermelha menos é mais. Apesar de aparentemente simples, o vestido terá levado 30 mil brilhantes cosidos à mão e mais de 750 horas de trabalho, avançou a casa de moda francesa.
Em rosa também, Julia Garner destacou-se com um esvoaçante modelo Gucci repleto de plissados e drapeados, certamente uma criação ainda da era de Michele pela assinatura.
Os volumes dominaram ainda a noite de prémios, quer em capas vistosas com a de Niecy Nash-Betts, assinada pela Dolce&Gabbana, quer nas saias dramáticas como a de Billy Porter, uma criação Christian Siriano, sem esquecer Lily James de vermelho em Versace.
E faltou uma das presenças mais esperadas na passadeira vermelha, Rihanna, nomeada Melhor Canção Original com Lift Me Up. A cantora escusar-se-ia de desfilar perante a lente dos fotógrafos antes da cerimónia, e só surgiria no interior do hotel, acompanhada com namorado, o rapper ASAP Rocky. Mesmo não pisando a red carpet, o coordenado da artista foi um dos mais exuberantes da noite: um modelo Schiaparelli com uma volumosa capa em veludo.
Na galeria de imagens acima, acompanhe o desfile das celebridades na passadeira vermelha.