A rainha do social Isabel Preysler, de 71 anos, acaba de juntar o escritor peruano Mario Vargas Llosa à sua lista de ex-maridos famosos, depois de Julio Iglesias, o cantor romântico com quem foi casada entre 1971 e 1979 e com o qual teve três filhos; de Carlos Falcó y Fernández de Córdova, 5º Marquês de Griñón, casada entre 1980 e 1985, com quem teve uma filha; e Miguel Boyer, um enlace que se deu em 1987 e que só terminou com a morte do economista e político espanhol, em 2014, e do qual resultou uma filha.
"Eu e o Mario [Vargas Llosa] decidimos acabar de vez com a nossa relação", disse Isabel Preysler à revista ¡Hola!, sem dar mais detalhes: "Não quero fazer mais declarações e agradeço aos amigos e aos meios de comunicação social por nos ajudarem nesta decisão".
No entanto, ao longo da reportagem, a antiga modelo, nascida em Manila, nas Filipinas, dá sinais do que correu mal na relação ao referir desejar "uma vida familiar tranquila, sem surpresas, sem discussões ou problemas" ou ao fazer menção a "ciúmes infundados".
Da parte de Vargas Llosa, um dos escritores mais importantes da América Latina e um dos principais da sua geração, já tinham sido fornecidas pistas, lembra o El País, no conto Los Vientos, publicado em Outubro de 2021: "Todas as noites, parece inacreditável, uma vez que cometi a loucura de deixar a minha mulher, penso nela e sou assaltado por remorsos. Penso que só fiz uma coisa errada na vida: abandonar Carmencita por uma mulher que não valia a pena (...) Todas as noites penso nela e peço-lhe perdão." — Carmen, escreve o El País, é o primeiro nome de Patricia, a mulher de 50 anos por quem deixou Isabel Preysler.
Na ficção, sobre um homem em fim de vida, o nome da nova mulher já foi esquecido: "Nunca a amei. Foi uma paixão violenta e passageira, uma daquelas loucuras que arruínam uma vida. Por fazer o que fiz, a minha vida explodiu e nunca mais fui feliz (...) Foi um capricho da pila, não do coração. Daquela pilinha que já não me serve para nada, excepto para mijar."
Amigos do escritor, citados pelo diário espanhol, concluem que eram "duas pessoas de mundos muito diferentes", "incompatíveis", recordando o ensaio de 2012, A Civilização do Espectáculo (Quetzal Editores), em que Llosa definia o jornalismo do coração como uma indústria "frívola", "sem valores estéticos", dominada pelo "carnaval dos mentirosos".
Preysler e Vargas Llosa assumiram o namoro em Fevereiro de 2015, numa altura em que a socialite, na época com 63 anos, e o escritor, de 78, viviam situações matrimoniais distintas: Isabel tinha perdido o marido há menos de seis meses, vítima de uma embolia pulmonar, mas Llosa ainda era casado com Patricia — em 2015, aliás, assinalava-se o 50º aniversário do seu casamento.
Na altura, o casal não teve a vida facilitada, até pelos boatos de que a relação já existiria antes da morte de Boyer. Afinal, Isabel Preysler e Vargas Llosa não eram estranhos: conheceram-se, em Julho de 1986, quando a modelo viajou até ao Peru para fazer uma entrevista ao escritor, e a ligação entre os dois acabaria por resistir aos anos e à distância.
Também os filhos de Vargas Llosa não reagiram bem ao fim do casamento de uma vida com a mãe, mas o par acabou por resistir às críticas, tendo-se o escritor mudado para Villa Meona, a propriedade que Isabel herdou de Boyer, em Puerta del Hierro, Madrid.
O término chega depois de uma crise, no Verão deste ano, em que foi pública a saída intempestiva de Vargas Llosa de Puerta de Hierro, tendo regressado para o seu apartamento no centro da capital espanhola. Pouco depois, o escritor regressou à mansão de Isabel Preysler e a ruptura foi negada, mas a "deterioração" do romance não.