Euribor sobem a seis e a 12 meses para novos máximos e baixam a três meses

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, subiu pela sétima sessão consecutiva, para 2,703%, um novo máximo desde Janeiro de 2009.

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As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de Fevereiro Miguel Manso

As taxas Euribor a seis e a 12 meses voltaram a subir esta segunda-feira, pela sétima sessão consecutiva, para novos máximos desde Janeiro de 2009 e Dezembro de 2008, respectivamente, enquanto o prazo a três meses baixou.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de Junho, avançou para 2,703%, mais 0,002 pontos e um novo máximo desde Janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em Outubro para 2,321% em Novembro, estando a média no actual mês nos 2,533%. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de Novembro de 2015 e 3 de Junho de 2022).

No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu, pela sétima sessão consecutiva, ao ser fixada em 3,265%, mais 0,027 pontos do que na sexta-feira e um novo máximo desde Dezembro de 2008. Após ter disparado em 12 de Abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de Fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de Abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em Outubro para 2,828% em Novembro. No corrente mês, encontra-se nos 2,971%.

Em sentido inverso, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de Julho em terreno positivo pela primeira vez desde Abril de 2015, recuou 0,013 pontos, ao ser fixada em 2,128%, depois de na sexta-feira ter atingido um novo máximo desde Janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de Abril de 2015 e 13 de Julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em Outubro para 1,825% em Novembro. Para o mês de Dezembro, a média está nos 2,045%.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de Fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro directoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro.

Na última reunião de política monetária, em 15 de Dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base (ou 0,5 pontos percentuais) as taxas de juro directoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respectivamente em 27 de Outubro e em 8 de Setembro. Em 21 de Julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro directoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respectivamente, de -0,605% em 14 de Dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de Dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.