Euribor: Aumentos em Novembro agravam prestações da casa
Novos valores médios das taxas Euribor em Novembro vão agravar os empréstimos a contratar ou a rever em Dezembro.
As médias mensais das taxas Euribor de Novembro voltaram a subir de forma expressiva, especialmente nos prazos mais curtos, ou seja, a três e a seis meses.
A Euribor a três fixou-se em 1,825%, a de seis em 2,321% e a de 12 meses em 2,828%. Trata-se de subidas expressivas que vão agravar os empréstimos a contratar ou a rever em Dezembro.
Os dados do mês que termina esta quarta-feira revelam, no entanto, um abrandamento face às subidas de Outubro, período em que as médias das taxas a três, seis e 12 meses se fixaram em 1,428%, 1,997% e 2,629%, respectivamente.
Assim, o aumento em Novembro foi de 0,397 pontos a três meses, 0,324 pontos a seis e 0,199 pontos a 12 meses.
No último dia de Novembro, as taxas que estão presentes em cerca de 90% dos contratos à habitação desceram ligeiramente, depois de várias sessões a subirem para máximos desde o início de 2009. O valor diário da Euribor a três meses fixou-se em 1,973%, menos 0,011 pontos que nesta terça-feira, a de seis meses em 2,414%, menos 0,028 pontos, e a de 12 meses em 2,830%, menos 0,062 pontos que na véspera, quando se tinha mantido em 2,892%.
Para apoiar famílias que possam sentir dificuldade em acomodar o aumento das prestações decorrente da subida das taxas Euribor, o Governo alterou e isentou de custos as possibilidades de renegociação dos contratos de crédito, uma medida que tem vantagens e desvantagens para os particulares.
A subida das taxas Euribor penaliza quem tem crédito associado a estas taxas, mas beneficia, embora em muito menor escala, quem tem poupanças associadas a este indexante, como é o caso dos Certificados de Aforro.
As taxas Euribor começaram a subir no início do ano e de forma mais expressiva a partir da invasão russa da Ucrânia e da sinalização de aumento das taxas directoras por parte do Banco Central Europeu (BCE). O último aumento decidido pelo banco central foi de 0,75%, colocando a taxa de juro de refinanciamento do BCE (a taxa a que o banco central empresta dinheiro aos bancos comerciais no curto prazo) em 2% e a taxa de juro de depósito (a taxa a que os bancos comerciais podem depositar as suas reservas no banco central) em 1,5%. No centro das preocupações do BCE, está o controlo da inflação.