Câmara de Esposende proíbe acesso à zona da derrocada. Oito famílias realojadas

Situação de alerta entrou em vigor no município às 20h desta quinta-feira.

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A derrocada de quarta-feira causou a morte de um homem e uma mulher, ambos de 22 anos LUSA/HUGO DELGADO

A Câmara de Esposende decidiu proibir o acesso à zona da freguesia de Palmeira de Faro afectada por um deslizamento de terras, o que implica o realojamento das oito famílias que ali vivem, foi esta quinta-feira anunciado.

Em comunicado, a Câmara refere que esta quinta-feira foi decretada situação de alerta de âmbito municipal para aquela zona da freguesia, concretamente para a Rua Artur Barros Lima, entre os lotes 6 e 14. A situação de alerta entrou em vigor às 20h.

Um deslizamento de terras e pedras de grandes dimensões na madrugada de quarta-feira atingiu uma habitação em Palmeira de Faro, matando um casal de namorados, ambos com 22 anos. Na habitação encontravam-se mais quatro pessoas, entre as quais um bebé de dois anos, que escaparam ilesas.

O município diz ter diligenciado no sentido do realojamento das oito famílias que agora ficam proibidas de entrar nas suas habitações. Duas famílias, num total de 14 membros (sete adultos e sete crianças) ficarão instaladas em alojamentos providenciados pelo município, enquanto as restantes seis famílias (dez adultos e quatro crianças) ficarão alojadas em casa de familiares e amigos.

Decorrente da situação de alerta municipal, e no sentido de aferir as condições de segurança e sustentabilidade dos terrenos da área afectada, o município entendeu ainda avançar com a realização de um estudo geotécnico, a desenvolver por técnicos da Universidade do Minho.

“Só após esse trabalho, cujo prazo não é ainda possível determinar, será possível definir os eventuais passos que se seguirão, nomeadamente o regresso das pessoas às suas habitações”, lê-se ainda no comunicado.

O município adianta que, após o deslizamento de terras, “tem estado, desde a primeira hora”, a acompanhar a situação, garantindo apoio às pessoas afectadas, nomeadamente disponibilizando apoio psicológico aos familiares das vítimas e aos moradores das habitações contíguas e assegurando o seu realojamento.

Sublinha que a habitação afectada se encontra licenciada e dispõe de autorização de utilização, sendo que o processo de licenciamento, datado de 1994, “decorreu com normalidade”.

“Face ao exposto, torna-se prematuro e especulativo tecer quaisquer outras considerações sobre o assunto, que, como é público, está sob alçada das entidades competentes”, remata.