Para Miklós Jancsó, o cinema da Hungria é um encontro entre família e política
Nyika Jancsó esteve no Porto a falar do cinema dos seus pais: Márta Mészáros e Miklós Jancsó, recordado no Porto/Post/Doc. Filmes onde a História e a história da família se cruzam.
Filho de peixe sabe nadar? Miklós Jancsó filho (Budapeste, 1952), director de fotografia húngaro mais conhecido por Nyika, recorda que o seu pai não queria que nenhum dos filhos seguisse carreira no cinema. Mas a verdade é que todos eles acabaram, de uma maneira ou de outra, por estar ligados à sétima arte. Foi também por isso que Nyika Jancsó veio ao Porto/Post/Doc, onde deu uma masterclass e apresentou parte do ciclo Nós, a Revolução que o festival dedicou ao trabalho dos seus pais – Márta Mészáros (n. 1931), a primeira mulher e a primeira cineasta húngara a vencer o Urso de Ouro em Berlim (por Adopção, em 1975), e Miklós Jancsó (1921-2014), prémio de realização em Cannes em 1972 por Salmo Vermelho. Dois nomes centrais da “nova vaga” do cinema de Leste dos anos 1960 e 1970, cujo trabalho tem vindo a ser redescoberto. Nyika trabalhou com ambos como director de fotografia, em momentos diferentes das suas carreiras, e serviu também de consultor no restauro de vários filmes da mãe.
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