Dança
No Tempo das Cerejas, há futuro a emergir
Em cima do palco, as legendas, dando-nos o correr do tempo. Por baixo do palco, um outro mundo (o da maioria?) a corroer a superfície para poder emergir e tentar alterar a inevitabilidade que o tempo dos de cima impõe. Uma cratera, um buraco negro, um ponto de saída? As leituras para o Quarta-feira: No Tempo de Cerejas, peça de coreografa e bailarina Claúdia Dias, que contracena com Igor Gandra, são múltiplas, as fotos de Paulo Pimenta acrescentam mais algumas.
Da apresentação integral do trabalho de Cláudia Dias, a decorrer no teatro do Campo Alegre, no Porto, ainda é possível ver Sexta-feira… (2020), a 18, numa inédita versão com os músicos (Vasco Vaz e Miguel Pedro, dos Mão Morta) também em cena; na próxima semana, serão mostrados Terça-feira: Tudo o que é sólido dissolve-se no ar (2017) e Quinta-feira: Abracadabra (2019).