Mais do que polémica, a publicação com alusão a uma prática nazi de Regina Duarte na sua conta de Instagram, neste domingo, causou revolta e indignação. A repercussão negativa foi tanta que a actriz, que tem vindo a divulgar conteúdos com mensagens antidemocráticas nas suas redes sociais, apagou o post.
A imagem compartilhada dizia: “Atenção petistas, coloquem esse adesivo na porta do seu negócio. Mostre que você tem orgulho de quem elegeu”, ao lado de uma imagem do logo do Partido dos Trabalhadores (PT), uma estrela vermelha.
Para o Instituto Brasil-Israel (IBI), os pedidos de “marcação” de estabelecimentos de eleitores do PT são preocupantes, mais ainda quando partem de celebridades com poder de influência num grande número de pessoas.
“A proposta de uma narrativa onde os elementos a serem boicotados participam de um grupo monolítico e que fazem parte de um projecto único, degenerado, subversivo e que, portanto, devem ser colectivamente punidos, é perigosa”, afirma o grupo.
O advogado e conselheiro do IBI, Ricardo Brajterman, considera “abjecta e repugnante” a atitude de Regina Duarte. “Esta senhora abandonou a poesia e a arte para se filiar a práticas nazis de segregação, preconceito, perseguição e aniquilação de seres humanos”, disse ao Folha de São Paulo.
Brajterman vai mais longe: “Estivesse ela na Alemanha dos anos 30 [do século passado], têm alguma dúvida de que lado estaria? Toda emulação do nazismo nos agride, a nós judeus, porque traz o nazismo e as suas práticas para uma posição de normalização que nós temos a obrigação de combater.”
Exclusivo PÚBLICO/Folha de São Paulo