JP Coimbra revela em concerto alguns temas do próximo disco

Músico apresenta este sábado ao vivo no Espaço Espelho D’Água, em Lisboa (21h30), alguns temas que farão parte do seu próximo álbum, que terá vozes.

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JP Coimbra DR

No dia em que começa o Misty Fest, que se prolongará até 6 de Dezembro, realiza-se este sábado a última das Misty Sessions que o antecederam, desta vez com JP Coimbra. Será, como as anteriores, no Espaço Espelho D’Água, em Lisboa, às 21h30, depois de ali terem actuado, desde Março, Nancy Vieira, Anna Setton, Emmy Curl, Os Poetas, Tó Trips, Bernardo Lobo, Lemos, Salomão Soares & Vanessa Moreno e Francisco Sales.

Fundador da banda pop Mesa (no Porto, em 2000, com Marta Ren, Pedro Moura e Adriano Sérgio) e integrante ou colaborador de grupos como os Bandemónio de Pedro Abrunhosa, Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso ou Coldfinger, JP Coimbra (João Pedro Coimbra) criou em 2019 um projecto a que chamou Vibra e lançou em 2020 um álbum com o mesmo nome, que já teve distribuição internacional. “Foi pela Manners McDade, publishing do Matthew Herbert, do Nils Frahn, da Kaitlyn Aurelia Smith, entre outros artistas”, diz JP Coimbra ao PÚBLICO. “Vou estar em Dezembro em Londres e em Leeds em showcases promovidos por essa editora para mostrar o disco a parceiros.”

Reeditado em 2021 pela Manners McDade, o primeiro single do álbum, From afar, foi remisturado por Matthew Herbert. “Gostou muito do disco e quis fazer uma remistura”, diz JP Coimbra. Houve ainda um segundo single com videoclipe, Invincible summer, e estão ambos disponíveis no YouTube, a par da remistura feita por Matthew Herbert.

A apresentação no Espaço Espelho D’Água, este sábado, será, segundo JP Coimbra, no mesmo formato que vai levar aos showcases em Inglaterra, em Dezembro: “Sou eu no piano, nos sintetizadores e nos samplers e o Samuel Martins Coelho no violino e efeitos. Não vai ser centrado só no Vibra, porque já estou a virar a página para várias peças novas. No fundo, estas Misty Sessions vão ser o sítio onde vou apresentar alguns dos temas que vão fazer parte do próximo disco, que deverá sair no final de 2023.”

Esse segundo disco, de acordo com o compositor, “vai continuar a ter um som que se pode chamar pós-clássico, mas a principal novidade vai ser a inclusão de vozes nalguns temas.” Não em vocalizos, mas em canções com letra. “Tenho saudade daquilo que fazia nos Mesa, como compositor. De certa forma, é interessante perceber que eu criei, com o Vibra, uma nova paleta musical. E no próximo disco essa paleta vai servir, em alguns temas, como pano de fundo àquilo que se podem considerar canções, embora não sejam canções pop.” Destas, apenas uma se ouvirá no concerto, que no resto é instrumental. Quem cantará? “Não posso revelar, é mistério”, diz JP Coimbra. “Quem for ouvir, vai perceber. Haverá uma voz a sair pelas colunas, logo verão qual.”

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