Sp. Braga vence e sobe ao segundo lugar do campeonato
O triunfo dos bracarenses sobre o Gil Vicente foi merecido e permitiu-lhes chegar à vice-liderança da I Liga, ultrapassando o FC Porto.
Barcelos e Braga são duas cidades muito próximas, tal como Gil Vicente e Sp. Braga foram equipas muito semelhantes na quantidade de oportunidades de golo desperdiçadas no jogo deste domingo. Mas no final, o triunfo por 1-0 assenta bem aos “arsenalistas”.
No meio de uma semana decisiva para o seu futuro na Liga Europa, Artur Jorge, treinador dos bracarenses, não fez poupanças no “onze”. Sempre a querer mandar no jogo, os “arsenalistas” praticaram um futebol com requinte, excepto na finalização, detalhe em que Kritciuk foi uma barreira quase intransponível.
O Sp. Braga tinha a motivação de saber que, caso vencesse, ficaria no segundo lugar; só que o Gil Vicente não tinha menos motivos para procurar a vitória, para tentar fugir ao perigoso 16.º lugar em que se encontrava.
Os “galos”, contudo, destacaram-se mais pela quantidade de perdas de bola que tiveram do que propriamente por darem uma resposta apropriada à avassaladora pressão do Sp. Braga.
Os visitantes conseguiram explorar o espaço entre linhas, sobrelotando a zona central do terreno e depois abrindo o jogo nos laterais - a defesa gilista ficou a dever muito ao seu guarda-redes russo por só ter sofrido um golo.
A espaços, o Gil Vicente conseguiu contra-atacar com qualidade, mas a finalização deixou sempre muito a desejar.
Na segunda parte, a capacidade da equipa de jogar com bola melhorou um pouco e chegou a assustar o adversário, mas o golo do Sp. Braga, aos 67 minutos, terminou com esse ímpeto. Fran Navarro (que fez um jogo apagado) reclamou de uma falta, o árbitro assinalou infracção do espanhol, o Sp. Braga bateu o livre de forma rápida, o que surpreendeu os gilistas, e a bola terminou nos pés virtuosos de Iuri Medeiros (o melhor em campo), que tirou um adversário da frente e rematou forte e colocado para o fundo das redes gilistas.
Ivo Vieira demorou a reagir ao golo sofrido e permitiu que o Sp. Braga controlasse a partida a seu belo prazer. Ricardo Horta, em particular, soube sempre guardar a bola e ser novamente peça essencial na sua equipa. No entanto, o mesmo não se traduziu num golo sentenciador.
Só nos descontos é que os gilistas fizeram por chegar a um empate que só não surgiu porque Matheus fez uma defesa brilhante, a remate de Carraça, que valeu dois preciosos pontos.
Texto editado por Jorge Miguel Matias