A dor
Não é por acaso que a dor é a principal razão que leva as pessoas a procurarem consultas médicas. Nós não nascemos para existir com dor. A dor não tem de ser uma fatalidade.
No dia em que o Pedro nasceu, 33 horas depois de tudo ter começado, senti a dor mais dilacerante de toda a minha vida. Uma dor tão grande que não sei quanto tempo durou e que só muito ao longe consigo recordar. Uma dor tão profunda e intensa que, naqueles nanossegundos (ou terá sido mais do que isso?), tive a certeza de que ia morrer ou, pior, de que preferia morrer a continuar a experimentar aquilo. Quero acreditar que, se a dor tivesse continuado, o meu corpo, protector, me teria atirado para a inconsciência – porque uma dor daquelas é quase impossível de sentir.
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